A História dos MV no Brasil
Não iremos falar só de Desbravadores
mas sim de uma Sociedade
que fez História
O que você verá a partir de agora são
as principais atividades dos MV resumidas no Brasil. Um lindo programa feito
por brilhantes Pastores e pelas Sociedades dos Missionários Voluntários no
Brasil. Relembre fatos marcantes da História, tudo com referências para que você
possa aprender.
Veja cronologicamente os fatos. Tenha
uma boa leitura.
Observação:
Na referência, onde se lê RA
- leia Revista Adventista
1920
Durante a 5º Sessão da União Brasileira realizada em 15 de abril
de 1920, o Pastor Spies, presidente da União em seu relatório de abertura
declarou: “O Departamento Missionário da igreja e o da Mocidade demonstram que
o nosso povo toma interesse nestes departamentos e que está despertando
para as possibilidades que estes lhe oferecem.”
Na ocasião, várias recomendações foram feitas relacionadas ao
trabalho dos jovens, dentre uma delas:
Resolvemos que o Departamento da mocidade seja conhecido pelo nome
de Sociedade dos Missionários Voluntários.
C. E. Schofield, “Relatório da 5º Sessão da Conferencia União
Brasileira”, RA, agosto de 1920, 4-5; J. H. McEarchern, “Recomendações
da Conferência Geral para Missões Estrangeiras”, RA, março de 1920, 5.
1921
Em maio de 1921, foi publicado pelo Departamento dos Missionários
Voluntários o primeiro número de um periódico ocasional intitulado “O
Missionário Voluntário”. Redigido por W. E. Murray, diretor de Jovens da União
Sul Brasileira, com a finalidade de incentivar a obra missionária e
evangelística da juventude adventista.
Revista
Adventista, junho
de 1921, 6.
1927
A Expansão das Atividades dos MV
Cada vez mais convicta da importância da Sociedade de Jovens no
crescimento e fortalecimento da igreja, a liderança da União Este Brasileira
(UEB) estabeleceu, em 1927, o alvo de fundar uma Sociedade de Missionários
Voluntários em cada igreja onde houvesse pelo menos seis jovens. Os meios sugeridos aos membros para salvar
almas eram: distribuição de literatura, estudos bíblicos, visitas missionárias,
sociedades de MV jovens e escolas paroquiais. Posteriormente, numa viagem pelas igrejas do
interior da Missão do Rio de Janeiro, o diretor de jovens da União recebeu a
encomenda de 76 jogos de livros do Curso de Leitura.
L. G. Jorgensen, “Que Desejaríeis Ver?”, RA, maio de 1927,
12-13; E. H. Wilcox, “Notas da União Este-Brasileira [sic]”, RA, janeiro
de 1929, 15; L. G. Jorgensen, “Em Visita às Igrejas [sic]”, RA, janeiro
de 1929, 15-16. A União Este Brasileira foi organizada em 1919.
1931
O Distintivo dos Missionários
Voluntários
No início de 1931, foi elaborado o Distintivo dos Missionários
Voluntários, para reconhecer e motivar os membros da Sociedade dos Jovens
adventistas. O outorgamento desse representava a mais alta honra conferida pela
SJA a qualquer pessoa. Os jovens habilitados a receberem o distintivo deviam
preencher os seguintes requisitos: 1) Ser um ativo membro matriculado na
Sociedade dos MV. Tomar parte ativa na sociedade e nas atividades da mesma.
Enviar relatório pelo menos uma vez por mês ou quando for pedido;
2) Possuir um certificado como “Prêmio à Memória” ou da “Norma de Eficiência”;
3) Possuir um certificado do Curso de Leitura ou do Ano Bíblico; 4) Ser membro
da Sociedade dos MV há pelo menos três meses, com perfeita Assiduidade.
G. F. Ruf, “Os Missionários Voluntários e o Distintivo”, RA, abril
de 1931, 12; Idem, “Bons Relatórios dos MVs”, RA, junho de 1931, 10.
1937
Por ocasião do Congresso de Taquara, no Ano de 1937, foi realizada
a primeira investidura de líderes de jovens MV no Brasil, oficiada pelo pastor
Ochs, tendo recebido a insígnia os pastores, Germano Ritter, Leon Replogle e o
irmão Santiago Schmidt.
Germano G. Ritter, “Os Congressos da Mocidade”, RA, abril de
1937, 11-13; Romeu Reis, “Écos [sic] do Congresso de Jovens de Taquara”, RA,
abril de 1937, 13-14; Germano Ritter, “Novo Hymno [sic] para a Mocidade
Adventista no Brasil”, RA, julho de 1937, 8
Década de 1940
A partir da década de 40, as atividades das Classes Progressivas
tomaram um vigoroso impulso em meio às Sociedades dos MV e começaram as
Investiduras. No Colégio Adventista de Santo Amaro, dezenove jovens foram
investidos na classe de “Líder”. Em Taquara, trinta e sete concluíram a classe de
“Amigos”. No Rio Grande do Sul, cerca de noventa receberam distintivos em
várias classes e na Missão Paraná-Santa Catarina, trinta e dois foram
investidos como “Amigos”. Um Manual das Classes Progressivas foi colocado à
disposição da juventude. Algum tempo depois onze juvenis alcançaram a distinção
de “Amigos”. Essas Classes exigiam diversos requisitos da parte dos jovens habilitando-os
para os deveres diários e para trabalharem especialmente em favor de
outros jovens.
A. J. Reisig, “Progresso das Classes Progressivas”, RA, fevereiro
de 1941, 12-13; Henrique Kaercher, “As ‘Classes Progressivas’ em Santo André”, RA,
abril de 1941, 13; Renato Emir Oberg, “Nosso Cantinho”, RA, junho de
1943, 29; Idem, “Nosso Cantinho”, RA, agosto de 1943, 29; Idem, “Nosso
Cantinho”, RA, setembro de 1943, 29; Idem, “Nosso Cantinho”, RA, dezembro
de 1943, 27; Idem, “Nosso Cantinho”, RA, janeiro de 1944, 27; Idem,
“Nosso Cantinho”, RA, julho de 1944, 29; Paulo S. Seidl, “Da Missão
Baiana”, RA, setembro de 1944, 23-24; Idem, “Notícias da Missão Baiana”,
RA, março de 1945, 23.
1942
Em 1942, o pastor C. L. Bond, diretor do Departamento dos MV da Associação
Geral esteve por quatro meses na América do Sul, participando de reuniões,
concílios de departamentais, congressos de jovens e convenções dos MV. Nos
concílios das Uniões Este e Sul Brasileira, seus conselhos e orientações foram
de fundamental importância na solução de problemas difíceis na área jovem.
Nesta época, a USB esteve por algum tempo sem um diretor de jovens, assumindo
interinamente essa responsabilidade o pastor Rodolpho Belz, presidente da
União. Tendo sido, o pai das Classes Progressivas, a visita do pastor Bond, deu
forte impulso a esse trabalho.
N. W. Dunn, “A Visita do Pastor C. L. Bond”, RA, julho de
1942, 27; R. R., “Classes Progressivas”, RA, agosto de 1942, 2
Com a finalidade de promover uma
maior comunicação com as Sociedades dos MV das igrejas locais, em junho de
1943, o Departamento dos Missionários Voluntários inaugurou um pequeno espaço
mensal na RA, cedido por “Juventude”, suplemento da revista. O “nosso cantinho”
trazia um pedido aos secretários dos MV para enviarem os relatórios trimestrais
para a Associação ou Missão.
Renato Emir Oberg, “Nosso Cantinho”, RA, junho de 1943, 29.
1944
Sociedade dos MV Juvenil
Por volta de setembro de 1944, foi
organizada no CAB a Sociedade dos MV Juvenil, composta por jovens adolescentes,
que iniciou com setenta membros. Tendo como seu diretor o dinâmico professor
Wilson de Souza Ávila, realizava intensas atividades das Classes Progressivas.
Altino
Martins, “O que Fazem os MV Juvenis do Colégio Adventista Brasileiro”, RA, junho
de 1945, 10
1945 - 1946
Por sua vez, a Sociedade dos MV do Colégio
Adventista Brasileira, o IAE, durante os anos de 1945 e 1946 destacava-se pelo
expressivo número de jovens e juvenis matriculados nas Classes Progressivas.
Nos primeiro semestre de 1946, foram investidos 323 jovens e juvenis, tendo
realizado a maior investidura da América Latina, incluindo a investidura de 33 Líderes.
1952
1º Acampamento Cultural MV
Todos estes empreendimentos para
reunir os jovens MV culminaram com a realização do 1° Acampamento Cultural
Brasileiro da Juventude Adventista, nos dias, 3 a 9 de agosto de 1952, em Paiol
Grande, Serra da Mantiqueira. Os jovens foram divididos em três grupos:
Espirituais, culturais e recreativos. O Grupo Espiritual era responsável ela devoção matinal, pensamento do
dia, grupos de oração, a hora devocional vespertina no Rancho Grande e a hora da fogueira à noite. O Grupo
Cultural respondia pelas artes manuais, classes da arte de acampar, fotografia,
classes de natação, programas da hora da fogueira, e exibição de filmes educativos. O Grupo
Recreativo cuidava das atividades: Vôlei, basquete, natação, remo, patinação,
malha, bocha, equitação e passeios (Pico do Baú, cachoeiras, trilhas, etc.).
Estiveram presentes os pastores L. A. Skinner e Dario Garcia, diretores de jovens da AG e DSA, Jairo Araújo,
Francisco Siqueira, Altino Martins, H. E. Walker, Oscar Lindqvist, João Passos,
Silas Lima e Benedito C. Andrade, diretores do Departamento dos MV, vários
outdoors obreiros e professores.
“1°
Acampamento Cultural Brasileiro – Paiol Grande”, RA, junho de 1952,
8; “Primeiro Acampamento Cultural Brasileiro, RA, julho de 1952, 10.
Portanto, a liderança do Ministério Jovem
do Brasil, ao longo das décadas de 50 a 70, promoveu com regularidade os
Acampamentos Culturais da Juventude Adventista. Tais iniciativas certamente
contribuíram em grande medida para o fortalecimento espiritual e missionário dos jovens e juvenis
adventistas em todo o território nacional
1957
Em 1957, a Sociedade dos MV da Igreja
do Meier, Rio de Janeiro, sob a liderança do jovem Valdomiro Nascimento,
encontrava-se plenamente envolvida nas atividades do Curso de Leitura, Posteriormente,
em 1958, a Sociedade dos MV, escolheu o jovem Joel Carlos como diretor das
Classes Progressivas, tendo sido investidos no dia 28 de junho, 134 jovens, dos
quais dez nas classes de Guia e Líder. Ao longo dos anos diversas igrejas e
escolas
em todo o país cumpriam fielmente o programa das
Classes Progressivas. Ano Bíblico e
Classes Progressivas.
Valdomiro
Nascimento, “Notícias da Sociedade dos M. V. da Igreja do Meier”, RA, outubro
de 1957, 10; Idem, “Investidura no Meier”, RA, outubro de 1958, 26-27.
1958
Em seu depoimento ao Jornalista
Márcio Tonetti, o Pastor Claudio Chagas Belz, Pioneiro dos Desbravadores no
Brasil, relatou que no final de 1958 enquanto ele era na época o Departamental
da Associação Rio-Minas que haviam muitas Igrejas nos Rio de Janeiro, mas uma
se destacava das demais, como liderança jovem o que você pode ver nos relatos
acima, era a Igreja Adventista do Sétimo Dia do Bairro do Meyer. O Preço de ser
Pioneiro e ser o primeiro a usar Uniforme dos Desbravadores no Brasil, não saiu
barato. Ele disse que na época, recebeu um embrulho vindo dos Estados Unidos.
Na época o pacote veio até meio rasgado, mas logo percebeu que era um Manual e
que aquilo estava ligado a um novo trabalho. O mesmo estava em Inglês. Como não
sabia ler e falar Inglês, pediu a seu pai, o Pastor Rodolfo Belz para que
traduzisse para ele. Depois de traduzido ele leu bem o manual e viu que aquilo
estava ligado ao Departamento de Jovens, isso já no fim de 1958 e início de
1959. Incentivado pelo seu pai, ele resolveu apresentá-lo numa igreja, a Igreja
escolhido foi a do Meyer. Então ele fez o uniforme conforme o Manual, fez um
lenço e a Bandeira para ser apresentado no púlpito. No final do Culto duas
senhoras o chamaram de louco.
No início de 1959, o Departamento de
Jovens da Associação Rio- Minas, dirigido pelo pastor Cláudio Belz, promoveu
uma reunião de todos os diretores das Sociedades dos MV, na Igreja Central do
Rio de Janeiro, para apresentar o novo programa.
“Flashes da
União Sul-Brasileira”, RA, janeiro de 1959, 32
1963
No início de 1963, foi organizado
pelo pastor Ademar Quint, na Igreja de Madureira, Rio de Janeiro, uma Classe
Bíblica Juvenil com estudos adaptados aos adolescentes, resultando no belo
batismo de 38 jovens e juvenis, durante a primavera.
Após essa bem sucedida experiência, pastores e membros
em todo o Brasil adotaram o Batismo da Primavera como a mais importante época para o batismo de jovens
e juvenis.
Ademar Quint,
“Ceifando na Seara da Própria Igreja”, RA, junho de 1964, 20
1973
O Departamento
MV da Divisão Sul Americana elegeu o ano de 1973, como o “Ano da Juventude”,
tendo como lema: “Cristo Conta Comigo Agora!”, com a finalidade de estabelecer
um plano missionário capaz de levar os jovens a um trabalho mais atuante no serviço de Deus.
No dia 13 de janeiro de 1973, O
Departamento MV da USB, dirigido pelo pastor Rodolpho Gorski, lançou O Ano da Juventude, ressaltando
o lema:” Cristo Conta Comigo Agora!”. Aproveitando o ensejo do Ano da Juventude
e do trigésimo aniversário da Voz da Profecia, o Departamento MV da USB a
“Campanha Embelezando o Brasil”, que consistia em cada Sociedade MV elaborar um
plano de trabalho comunitário em seu bairro ou cidade tais como: a limpeza de praças,
pintura de árvores, pintura de um prédio público, etc., com a devida
autorização do município, Ostentando faixas ou cartazes com a inscrição “Campanha Embelezando o ‘Brasil’ dos
Jovens Adventistas”. No sábado seguinte, a equipe de jovens retornava ao mesmo
local, com a equipe da Campanha da Amizade, da Voz da Profecia e oferecia aos moradores
os cursos da Escola Radiopostal da Voz da Profecia.
“Conta
Comigo”, RA, maio de 1973, 18-19; “Cristo, Conta Comigo Agora!”, RA, agosto
d 1973. 1
1973
Em julho de 1973, a Revista
Adventista, inaugurou uma nova Seção voltada para a juventude adventista
intitulada: “Debate Jovem”,
supervisionada pelos jovens editores Azenilto G. Brito, Ivo Santos Cardoso e
pastor Rubens Lessa. A nova coluna visava discutir os desafios da juventude da IASD no Brasil e
promover o diálogo com os jovens adventistas e com os seus líderes em todos os
níveis da igreja. Em janeiro de 1976, após alguns meses de ausência uma nova
Seção foi criada, denominada: “O MV Escreve”, com o objetivo de publicar contribuições
interessantes dos jovens tais como crônicas, poesias, testemunhos,
etc., reservando uma página para notícias dos MV.
1974
Hinário Vamos Cantar
O Departamento MV da USB, sob a
liderança do pastor Rodolpho Gorski, empreendeu o projeto do hinário “Vamos
Cantar”, que reuniu composições de músicos adventistas, sendo lançado no
Congresso de Gramado em setembro de 1973. Posteriormente, em dezembro de 1977,
no Congresso Estadual da Juventude Adventista de São Paulo, foi lançado o
“Vamos Cantar Volume II”.
José Geraldo,
“Está Chegando o Vamos Cantar Volume”, RA, outubro de 1977, 19-20.
1974
É comemorado no Brasil a Bodas de Prata dos
Desbravadores
Bodas de
Prata dos desbravadores”, RA, junho de 1974, 19
1974
O
Departamento MV da UEB, sob a liderança do pastor Assad Bechara, promoveu no
dia 2 de novembro de 1974, no Rio de Janeiro, o “Projeto Bálsamo”. Na madrugada
desse dia, a juventude colocou em 65 mil túmulos um cartão com as seguintes palavras: “Em seus momentos de dor e saudade, o consolo divino esteja em seu
coração” – Jovens Adventistas do 7º Dia.
Rubens S.
Lessa, “Projeto Bálsamo”, RA, janeiro de 1975, 17-18;
1975
No ano de
1975, o Departamento de Comunicação da UEB, tendo o pastor Bechara como seu diretor, se valeu da juventude adventista
para impulsionar o lançamento da recolta de 1975. Quatrocentos Outdoors trazendo
a identificação dos Jovens Adventistas do 7º Dia foram colocados em pontos
estratégicos do território da União, dos quais cento e oitenta na cidade do Rio de Janeiro,
visando despertar o interesse na Assistência Social Adventista.
“Jovens
Adventistas Lançam Recolta da União Este Brasileira”, RA, maio de 1975,
1
1976
No dia 9 de
maio de 1976, o Departamento MV da UEB, sob a liderança do pastor Assad
Bechara, promoveu em cerca de 700 igrejas da União, uma série de homenagens às
mães, em comemoração ao Dia das Mães. Ao longo do dia, 35 mil mães receberam
das mãos dos jovens adventistas, palmas e um cartão contendo as palavras:
“Palmas pra você, mamãe!”. Em toda a União foram organizadas 2.500 equipes de
jovens que percorreram ruas, praças públicas, lares e hospitais, prestando homenagem e cantando para
as mães a pequena música: “Palmas pra você, mamãe!”. O evento foi precedido de
propaganda na televisão durante a semana anterior.
“Palmas Pra
Você, Mamãe!”, RA, maio de 1976, 20
1976
Por sua vez, o
Departamento MV da USB, sob a direção do pastor Rodolpho Gorski, promoveu em
1976, o “Projeto Mães” que consistia na distribuição de um cartão postal com a
figura de uma jovem mãe com a sua filha no colo, ambas olhando para o pôr do sol, trazendo a seguinte legenda: “Mamãe, você é o meu horizonte”, seguidas
por palavras gratidão às mães e convite para programa em sua homenagem na
igreja.
“Projeto
Mães”, RA, maio de 1976, 18
1977
No dia 8 de
maio de 1977, nova Campanha foi realizada com cartão com a felicitação: “Mamãe,
Sempre Viva em Meu Coração!”, da qual nova composição feita por Alexandre
Reichert Filho e Mário Jorge de Lima. As homenagens foram divulgadas no Rádio e
Televisão, e um cupom para inscrição nos cursos da Voz da Profecia foi anexado
ao cartão. Mais de 100 mil mães foram homenageadas e como resultado 1.250 novos
alunos da Voz da Profecia.
“Mamãe,
Sempre Viva em Meu Coração”, RA, julho de 1977
1977
“Koinonia”
O Departamento
MV da Divisão Sul Americana, sob a nova direção do pastor Mário Veloso, lançou
no Retiro Espiritual da juventude da USB, em abril de 1977, em Sumaré, São
Paulo, o Plano “Koinonia”, para ser implementado por toda a juventude da América do Sul. A palavra “Koinonia” é o termo grego registrado em Atos 2:44
que significa “Comunhão”. O objetivo do plano foi o de desenvolver nos jovens
duas coisas: Sua vida espiritual e sua participação no trabalho missionário. A
Koinonia é o lugar apropriado para que esses dois objetivos sejam alcançados. A
idéia foi extraída do livro Serviço Cristão, de Ellen G. White, que diz que os
jovens devem se reunir em Pequenos Grupos para trabalhar. Antigamente o termo
koinonia era usado como o ato das pessoas darem presentes, Koinonia era o tempo gasto para repartir os presentes, e essa
idéia entrou na Igreja Cristã Primitiva, sendo Jesus, Esse presente. Dentro do
programa MV, uma Koinonia significava um grupo de 4 a 12 jovens, ou seja,
deveria ter no mínimo 4 pessoas e no máximo 12. Quando o grupo começava a
aumentar deveria ser dividido em dois.
Líder MV
Sul-Americano fala sobre Koinonia”, RA, julho de 1977
1978
Em maio de 1978,
o Departamento MV da UEB, sob a nova liderança do pastor Amin Rodor, empreendeu
as homenagens às mães sob o lema: “Mamãe, você é um amor perfeito”. Novamente
cartão e música foram criados e 300 outdoors espalhados pelas principais cidades
da União. Mais de 160 mil mães receberam a homenagem e milhares de inscrições
nos cursos da Voz da Profecia foram efetivadas.
Amin A.
Rodor, “Mamãe, Você é um Amor Perfeito”, RA, julho de 1978, 28-29
1978
A Mudança do Nome da Sociedade dos
MV
Desta forma, por ocasião das reuniões do Concílio anual da
Conferência Geral, no dia 17 de outubro de 1978, o Comitê da Associação Geral
tomou os seguintes votos:
1) “Aprovar o título “Jovens Adventistas do Sétimo Dia” em
substituição a “Missionários Voluntários” como nome oficial da organização da
juventude na igreja local”;
2) “Reconhecer “Jovens Adventistas” como uma forma aceitável
encurtada do nome oficial”.
Segundo a liderança mundial, a mudança foi feita para que a
Sociedade de Jovens estivesse mais identificada com a igreja. Assim, após mais
de setenta anos o nome “Missionários Voluntários” foi desvinculado da Sociedade
dos Jovens Adventistas, sendo tal decisão, ao longo do tempo, objeto de
veemente discordância de grande parte dos membros da IASD no Brasil, que passou
a atribuir a crescente diminuição das atividades missionárias na Sociedade de Jovens da igreja
local, à ausência dos elevados ideais tão bem representados pela sigla MV.
Youth
Organization of The Local Church – Name”, Minutes of Meeting General
Conference Committe, 17 de outubro de 1978, 78-307; “Adventist Youth
Society”, Minutes of Meeting General
Conclui-se
portanto, que através das décadas de 40 a 70, o ministério jovem oferecia aos
membros da Sociedade dos MV, a oportunidade de participar de um variado leque
de atividades que abrangia desde um simples contato missionário até à formação
de líder de jovens. Segundo os relatórios, tanto do Departamento dos MV, nos
diversos Campos do Brasil, quanto da Sociedade dos MV nas igrejas locais, esta
lista de serviço incluía mais de 40 itens: Ano Bíblico, Devoção Matinal, Curso
de Leitura, Liga de Estudo e Serviço, Classes Progressivas, Distribuição de
Folhetos, Visitas Missionárias, Estudos Bíblicos, Pregação, Conferências
Públicas, Recolta, Auxílio Cristão, Doação de Roupas, Doação de Alimentos,
Tratamentos, Escola Sabatina Filial, Festa da Bíblia, Assembleias, Congressos,
Acampamentos, Excursões, Homenagem às Mães, Canto, Reuniões Sociais,
Piqueniques, Curso de Liderança, Concursos Bíblicos, Evangelismo nas Prisões,
Contatos Missionários, Semana de Oração, Voz da Mocidade, Classe Bíblica,
Campanha Anti-Tóxicos, Escola Rádio-Postal, Desbravadores, Programa de TV, Batismo
da Primavera, Campais, Visitas a Hospitais, Dia dos Pais, Koinonias (Pequenos Grupos),
Semana Santa, etc. Desta forma, a principal tarefa da Sociedade dos MV constituía-se
em motivar, treinar e supervisionar os jovens no exercício destas enriquecedoras
atividades. Por outro lado, seu maior desafio estava na manutenção das mesmas
neste amplo rol de serviços ao longo do tempo, uma vez que a cada ano decresciam
em número.
A ERA DA SOCIEDADE DOS JOVENS ADVENTISTAS (1978-1999)
As Mudanças na Sociedade dos Jovens Adventistas
A mudança do
nome: “Missionários Voluntários” para “Jovens Adventistas” aparentemente não
representou nenhuma alteração significativa nos rumos da Sociedade de Jovens no
Brasil. Na verdade, tal mudança parecia necessária e inevitável uma vez que o Departamento dos Jovens Adventistas era comumente assim designado em grande medida
tanto nos periódicos e imprensa denominacial, quanto na linguagem comum dos membros.
Por outro lado, a Divisão Sul Americana e Associação Geral empreendiam algumas
mudanças de nomes em alguns outros setores incluindo o Departamento dos Jovens.
Por ocasião da Comissão Diretiva Plenária Anual da Divisão Sul Americana, realizada
em Brasília, nos dias 21 a 27 de novembro de 1979, dentre as diversas comissões,
foi criada a Comissão de Nomenclatura.
Posteriormente,
durante as reuniões da 53º Assembleia da Associação Geral, celebrada em Dallas,
Texas, EUA, em 1980, foram feitas algumas mudanças na estrutura da organização
funcional da Associação Geral, sendo a mais importante, a fusão de departamentos
e a simplificação de funções, visando uma maior agilidade, economia e eficiência.
Entretanto, com
o passar dos anos muitos membros e líderes avaliavam que o antigo nome
“Missionários Voluntários” identificava mais adequadamente os ideais e propósitos
de Salvação e Serviço incorporados na Sociedade de Jovens Adventistas. Antes do
final da década de 70, o Ministério Jovem no Brasil avançava com entusiasmo
rompendo as barreiras do secularismo e os grandes desafios enfrentados pela juventude
daquela época. Dentre as atividades do Departamento dos Jovens destacavam-se:
os Congressos, Acampamentos, Semanas de Oração, Seminários, Koinonias, Projeto Bálsamo,
Festivais de Música, Homenagem às Mães, Dia dos Pais, Visitas a Hospitais, Passeatas
contra o Fumo, Álcool e Drogas, Batismo da Primavera, Clube de Desbravadores,
etc.
Por outro lado,
os tradicionais requisitos básicos da Sociedade dos MV, tais como: Ano Bíblico;
Devoção Matinal; Curso de Leitura; Liga de Estudo e Serviço; Liga Disseminadora
da Verdade; Estudos Bíblicos; etc., considerados essenciais desde os primórdios
da obra dos jovens começavam a fenecer. De alguma forma, gradualmente as atividades
dos jovens nas comunidades locais pareciam diminuir em detrimento dos eventos
de caráter gerais organizados pelo Departamento. Além disso, tornava-se cada
vez mais difícil realizar um acompanhamento adequado das diversas Sociedades de
Jovens nas igrejas locais. Um fator agravante era a carência de Colégios Adventistas para suprir a demanda da cada vez numerosa
juventude da igreja. Em outubro de 1979, o Dr. George P. Babcok, diretor
associado do Departamento de Educação da AG, em seu relatório apontou dez itens
para a Divisão Sul Americana, sendo o de mais destaque: a grande necessidade de
mais Escolas de Ensino Médio, para oferecer a educação cristã aos nossos
jovens. Em 1982, o quadro educacional adventista foi considerado “crítico”,
pelo pastor Roberto Azevedo, diretor do Departamento de Educação da USB, que
admoestou quanto aos efeitos destrutivos das escolas seculares a médio e longo
prazo, levando mais de 80% dos jovens de 7 a 15 anos que não frequentam Escolas
Adventistas, a apostasia.