domingo, 30 de julho de 2023

Pastor João Wolff

 

Pastor João Wolff



O Pastor João Wolf nasceu em 12 de Junho de 1930, na Cidade de Santo Antonio da Patrulha - RS

O Pastor João Wolf atuou em várias instâncias administrativas da organização adventista, tendo começado sua carreira ministerial na década de 1950 como pastor da Igreja Central de Porto Alegre. Nessa época, também foi auxiliar de contabilidade na Associação Sul-Rio-Grandense. Pouco tempo depois, aceitou o desafio de liderar o departamento de Educação e o Ministério Jovem na Associação Sul-Rio-Grandense.

Sua trajetória intercalou a liderança de Departamentos e a Presidência de Escritórios Administrativos da Instituição Adventista. Depois de dirigir a então Missão Catarinense, o Pastor João Wolff aceitou ser o Departamental de Jovens da antiga União Sul Brasileira (cujo território se estendia até Mato Grosso). Mais tarde foi eleito presidente da União Norte Brasileira e da própria União Sul Brasileira.

Seu legado se ampliou ainda mais ao ser nomeado como o 11º Presidente da Divisão Sul Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia, onde ocupou a função por 15 anos: de 1980 a 1995. Foi o presidente que permaneceu mais tempo no cargo. Confirmando a tendência de líderes nacionais a frente da Igreja no Continente. O Pastor Wolff foi quem substituiu o Pastor Enoch de Oliveira, considerado o primeiro presidente nativo da Divisão Sul Americana (DSA).

Dentre suas marcas de gestão, o Pastor Wolff destacou-se pela implementação dos chamados “Planos Quinquenais” de ação, adotados como programa de trabalho para toda a Divisão. Concentrada na semeadura, colheita e conservação de membros, a iniciativa buscava levar as igrejas de todo o território a um estado de evangelização permanente.

Entre as marcas de sua administração também pode ser citado o “Projeto Pioneiro”, cujo intuito era incentivar a participação dos membros na abertura da novas igrejas por meio das Classes de Escola Sabatina. Além de campanhas de distribuição de folhetos, como “Jesus em Breve Voltará”, que alcançou quase dez milhões de exemplares distribuídos e “Ele é a Saída”, com tiragem de 14 milhões de exemplares distribuídos. Só o Pastor João Wolff entregou mais de 700 mil exemplares do folheto impresso “Ele é a Saída”, por onde ele andava ele distribuía esse folheto, chamados por alguns como o Pastor dos folhetos. Ele diziam que influenciou mais pelos folhetos do que pelos Sermões. O hábito de distribuir literatura foi algo que ele manteve ao longo de toda a sua vida.

Era um apaixonado pela literatura Adventista e deu muita ênfase na impressão e distribuição do livro “Caminho a Cristo”, “O Grande Conflito” e “Os Campeões são Vegetarianos”.

Dentre de mais um afazer ele presidiu a Comissão Diretiva da Casa Publicadora Brasileira – CPB por mais de uma década, contribuindo para a expansão da área de publicações.

O Pastor João Wolff foi um Pastor e homem dedicado à Igreja e que sempre teve uma forte visão missionária. Ele foi uma inspiração, era muito humano e respeitoso e sempre foi simples e humilde no trato com as pessoas.

Além desse grande legado o Pastor João Wolff teve como esposa a Sra.  Edy Wolff com quem teve as filhas Marisa e Denise e graças a isso teve 4 netos: Malton, Karin, Stefan e Bruno e 2 Bisnetos Miguel e Maitê.

O Pastor João Wolf faleceu em 11 de Junho de 2023, as véspera de completar 93 anos de idade, numa tarde de domingo em Curitiba – SP, onde residia. Vítima de falência, múltipla de órgãos. Porém seu trabalho jamais será esquecido por todos os que o conheceram e sua visão missionária abençoou tanto a Igreja Adventista no Brasil quanto em nosso Continente.

 






quinta-feira, 6 de julho de 2023

A História dos MV no Brasil

 

A História dos MV no Brasil





Não iremos falar só de Desbravadores

mas sim de uma Sociedade

que fez História

O que você verá a partir de agora são as principais atividades dos MV resumidas no Brasil. Um lindo programa feito por brilhantes Pastores e pelas Sociedades dos Missionários Voluntários no Brasil. Relembre fatos marcantes da História, tudo com referências para que você possa aprender.

Veja cronologicamente os fatos. Tenha uma boa leitura.

Observação:

Na referência, onde se lê RA - leia Revista Adventista

1920

Durante a 5º Sessão da União Brasileira realizada em 15 de abril de 1920, o Pastor Spies, presidente da União em seu relatório de abertura declarou: “O Departamento Missionário da igreja e o da Mocidade demonstram que o nosso povo toma interesse nestes departamentos e que está despertando para as possibilidades que estes lhe oferecem.”

Na ocasião, várias recomendações foram feitas relacionadas ao trabalho dos jovens, dentre uma delas:

Resolvemos que o Departamento da mocidade seja conhecido pelo nome de Sociedade dos Missionários Voluntários.

C. E. Schofield, “Relatório da 5º Sessão da Conferencia União Brasileira”, RA, agosto de 1920, 4-5; J. H. McEarchern, “Recomendações da Conferência Geral para Missões Estrangeiras”, RA, março de 1920, 5.

1921

 

Em maio de 1921, foi publicado pelo Departamento dos Missionários Voluntários o primeiro número de um periódico ocasional intitulado “O Missionário Voluntário”. Redigido por W. E. Murray, diretor de Jovens da União Sul Brasileira, com a finalidade de incentivar a obra missionária e evangelística da juventude adventista.

Revista Adventista, junho de 1921, 6.

1927

 

A Expansão das Atividades dos MV

Cada vez mais convicta da importância da Sociedade de Jovens no crescimento e fortalecimento da igreja, a liderança da União Este Brasileira (UEB) estabeleceu, em 1927, o alvo de fundar uma Sociedade de Missionários Voluntários em cada igreja onde houvesse pelo menos seis jovens. Os meios sugeridos aos membros para salvar almas eram: distribuição de literatura, estudos bíblicos, visitas missionárias, sociedades de MV jovens e escolas paroquiais. Posteriormente, numa viagem pelas igrejas do interior da Missão do Rio de Janeiro, o diretor de jovens da União recebeu a encomenda de 76 jogos de livros do Curso de Leitura.

L. G. Jorgensen, “Que Desejaríeis Ver?”, RA, maio de 1927, 12-13; E. H. Wilcox, “Notas da União Este-Brasileira [sic]”, RA, janeiro de 1929, 15; L. G. Jorgensen, “Em Visita às Igrejas [sic]”, RA, janeiro de 1929, 15-16. A União Este Brasileira foi organizada em 1919.

1931

 

O Distintivo dos Missionários Voluntários

No início de 1931, foi elaborado o Distintivo dos Missionários Voluntários, para reconhecer e motivar os membros da Sociedade dos Jovens adventistas. O outorgamento desse representava a mais alta honra conferida pela SJA a qualquer pessoa. Os jovens habilitados a receberem o distintivo deviam preencher os seguintes requisitos: 1) Ser um ativo membro matriculado na Sociedade dos MV. Tomar parte ativa na sociedade e nas atividades da mesma. Enviar relatório pelo menos uma vez por mês ou quando for pedido;

2) Possuir um certificado como “Prêmio à Memória” ou da “Norma de Eficiência”; 3) Possuir um certificado do Curso de Leitura ou do Ano Bíblico; 4) Ser membro da Sociedade dos MV há pelo menos três meses, com perfeita Assiduidade.

G. F. Ruf, “Os Missionários Voluntários e o Distintivo”, RA, abril de 1931, 12; Idem, “Bons Relatórios dos MVs”, RA, junho de 1931, 10.

1937

 

Por ocasião do Congresso de Taquara, no Ano de 1937, foi realizada a primeira investidura de líderes de jovens MV no Brasil, oficiada pelo pastor Ochs, tendo recebido a insígnia os pastores, Germano Ritter, Leon Replogle e o irmão Santiago Schmidt.

Germano G. Ritter, “Os Congressos da Mocidade”, RA, abril de 1937, 11-13; Romeu Reis, “Écos [sic] do Congresso de Jovens de Taquara”, RA, abril de 1937, 13-14; Germano Ritter, “Novo Hymno [sic] para a Mocidade Adventista no Brasil”, RA, julho de 1937, 8

Década de 1940

 

A partir da década de 40, as atividades das Classes Progressivas tomaram um vigoroso impulso em meio às Sociedades dos MV e começaram as Investiduras. No Colégio Adventista de Santo Amaro, dezenove jovens foram investidos na classe de “Líder”. Em Taquara, trinta e sete concluíram a classe de “Amigos”. No Rio Grande do Sul, cerca de noventa receberam distintivos em várias classes e na Missão Paraná-Santa Catarina, trinta e dois foram investidos como “Amigos”. Um Manual das Classes Progressivas foi colocado à disposição da juventude. Algum tempo depois onze juvenis alcançaram a distinção de “Amigos”. Essas Classes exigiam diversos requisitos da parte dos jovens habilitando-os para os deveres diários e para trabalharem especialmente em favor de
outros jovens.

A. J. Reisig, “Progresso das Classes Progressivas”, RA, fevereiro de 1941, 12-13; Henrique Kaercher, “As ‘Classes Progressivas’ em Santo André”, RA, abril de 1941, 13; Renato Emir Oberg, “Nosso Cantinho”, RA, junho de 1943, 29; Idem, “Nosso Cantinho”, RA, agosto de 1943, 29; Idem, “Nosso
Cantinho”, RA, setembro de 1943, 29; Idem, “Nosso Cantinho”, RA, dezembro de 1943, 27; Idem, “Nosso Cantinho”, RA, janeiro de 1944, 27; Idem, “Nosso Cantinho”, RA, julho de 1944, 29; Paulo S. Seidl, “Da Missão Baiana”, RA, setembro de 1944, 23-24; Idem, “Notícias da Missão Baiana”, RA, março de 1945, 23.

1942

Em 1942, o pastor C. L. Bond, diretor do Departamento dos MV da Associação Geral esteve por quatro meses na América do Sul, participando de reuniões, concílios de departamentais, congressos de jovens e convenções dos MV. Nos concílios das Uniões Este e Sul Brasileira, seus conselhos e orientações foram de fundamental importância na solução de problemas difíceis na área jovem. Nesta época, a USB esteve por algum tempo sem um diretor de jovens, assumindo interinamente essa responsabilidade o pastor Rodolpho Belz, presidente da União. Tendo sido, o pai das Classes Progressivas, a visita do pastor Bond, deu forte impulso a esse trabalho.

N. W. Dunn, “A Visita do Pastor C. L. Bond”, RA, julho de 1942, 27; R. R., “Classes Progressivas”, RA, agosto de 1942, 2

Com a finalidade de promover uma maior comunicação com as Sociedades dos MV das igrejas locais, em junho de 1943, o Departamento dos Missionários Voluntários inaugurou um pequeno espaço mensal na RA, cedido por “Juventude”, suplemento da revista. O “nosso cantinho” trazia um pedido aos secretários dos MV para enviarem os relatórios trimestrais para a Associação ou Missão.

Renato Emir Oberg, “Nosso Cantinho”, RA, junho de 1943, 29.

1944

Sociedade dos MV Juvenil

Por volta de setembro de 1944, foi organizada no CAB a Sociedade dos MV Juvenil, composta por jovens adolescentes, que iniciou com setenta membros. Tendo como seu diretor o dinâmico professor Wilson de Souza Ávila, realizava intensas atividades das Classes Progressivas.

Altino Martins, “O que Fazem os MV Juvenis do Colégio Adventista Brasileiro”, RA, junho de 1945, 10

1945 - 1946

Por sua vez, a Sociedade dos MV do Colégio Adventista Brasileira, o IAE, durante os anos de 1945 e 1946 destacava-se pelo expressivo número de jovens e juvenis matriculados nas Classes Progressivas. Nos primeiro semestre de 1946, foram investidos 323 jovens e juvenis, tendo realizado a maior investidura da América Latina, incluindo a investidura de 33 Líderes.

1952

1º Acampamento Cultural MV

Todos estes empreendimentos para reunir os jovens MV culminaram com a realização do 1° Acampamento Cultural Brasileiro da Juventude Adventista, nos dias, 3 a 9 de agosto de 1952, em Paiol Grande, Serra da Mantiqueira. Os jovens foram divididos em três grupos: Espirituais, culturais e recreativos. O Grupo Espiritual era responsável ela devoção matinal, pensamento do dia, grupos de oração, a hora devocional vespertina no Rancho Grande e a hora da fogueira à noite. O Grupo Cultural respondia pelas artes manuais, classes da arte de acampar, fotografia, classes de natação, programas da hora da fogueira, e exibição de filmes educativos. O Grupo Recreativo cuidava das atividades: Vôlei, basquete, natação, remo, patinação, malha, bocha, equitação e passeios (Pico do Baú, cachoeiras, trilhas, etc.). Estiveram presentes os pastores L. A. Skinner e Dario Garcia, diretores de jovens da AG e DSA, Jairo Araújo, Francisco Siqueira, Altino Martins, H. E. Walker, Oscar Lindqvist, João Passos, Silas Lima e Benedito C. Andrade, diretores do Departamento dos MV, vários outdoors obreiros e professores.

“1° Acampamento Cultural Brasileiro – Paiol Grande”, RA,  junho de 1952, 8; “Primeiro Acampamento Cultural Brasileiro, RA, julho de 1952, 10.

Portanto, a liderança do Ministério Jovem do Brasil, ao longo das décadas de 50 a 70, promoveu com regularidade os Acampamentos Culturais da Juventude Adventista. Tais iniciativas certamente contribuíram em grande medida para o fortalecimento espiritual e missionário dos jovens e juvenis adventistas em todo o território nacional

 

1957

 

Em 1957, a Sociedade dos MV da Igreja do Meier, Rio de Janeiro, sob a liderança do jovem Valdomiro Nascimento, encontrava-se plenamente envolvida nas atividades do Curso de Leitura, Posteriormente, em 1958, a Sociedade dos MV, escolheu o jovem Joel Carlos como diretor das Classes Progressivas, tendo sido investidos no dia 28 de junho, 134 jovens, dos quais dez nas classes de Guia e Líder. Ao longo dos anos diversas igrejas e escolas
em todo o país cumpriam fielmente o programa das Classes Progressivas
. Ano Bíblico e Classes Progressivas.

Valdomiro Nascimento, “Notícias da Sociedade dos M. V. da Igreja do Meier”, RA, outubro de 1957, 10; Idem, “Investidura no Meier”, RA, outubro de 1958, 26-27.

1958

 

Em seu depoimento ao Jornalista Márcio Tonetti, o Pastor Claudio Chagas Belz, Pioneiro dos Desbravadores no Brasil, relatou que no final de 1958 enquanto ele era na época o Departamental da Associação Rio-Minas que haviam muitas Igrejas nos Rio de Janeiro, mas uma se destacava das demais, como liderança jovem o que você pode ver nos relatos acima, era a Igreja Adventista do Sétimo Dia do Bairro do Meyer. O Preço de ser Pioneiro e ser o primeiro a usar Uniforme dos Desbravadores no Brasil, não saiu barato. Ele disse que na época, recebeu um embrulho vindo dos Estados Unidos. Na época o pacote veio até meio rasgado, mas logo percebeu que era um Manual e que aquilo estava ligado a um novo trabalho. O mesmo estava em Inglês. Como não sabia ler e falar Inglês, pediu a seu pai, o Pastor Rodolfo Belz para que traduzisse para ele. Depois de traduzido ele leu bem o manual e viu que aquilo estava ligado ao Departamento de Jovens, isso já no fim de 1958 e início de 1959. Incentivado pelo seu pai, ele resolveu apresentá-lo numa igreja, a Igreja escolhido foi a do Meyer. Então ele fez o uniforme conforme o Manual, fez um lenço e a Bandeira para ser apresentado no púlpito. No final do Culto duas senhoras o chamaram de louco.

No início de 1959, o Departamento de Jovens da Associação Rio- Minas, dirigido pelo pastor Cláudio Belz, promoveu uma reunião de todos os diretores das Sociedades dos MV, na Igreja Central do Rio de Janeiro, para apresentar o novo programa.

“Flashes da União Sul-Brasileira”, RA, janeiro de 1959, 32

1963

 

No início de 1963, foi organizado pelo pastor Ademar Quint, na Igreja de Madureira, Rio de Janeiro, uma Classe Bíblica Juvenil com estudos adaptados aos adolescentes, resultando no belo batismo de 38 jovens e juvenis, durante a primavera.
Após essa bem sucedida experiência, pastores e membros em todo o Brasil adotaram o Batismo da Primavera como a mais importante época para o batismo de jovens e juvenis.

Ademar Quint, “Ceifando na Seara da Própria Igreja”, RA, junho de 1964, 20

1973

O Departamento MV da Divisão Sul Americana elegeu o ano de 1973, como o “Ano da Juventude”, tendo como lema: “Cristo Conta Comigo Agora!”, com a finalidade de estabelecer um plano missionário capaz de levar os jovens a um trabalho mais atuante no serviço de Deus.

No dia 13 de janeiro de 1973, O Departamento MV da USB, dirigido pelo pastor Rodolpho Gorski, lançou O Ano da Juventude, ressaltando o lema:” Cristo Conta Comigo Agora!”. Aproveitando o ensejo do Ano da Juventude e do trigésimo aniversário da Voz da Profecia, o Departamento MV da USB a “Campanha Embelezando o Brasil”, que consistia em cada Sociedade MV elaborar um plano de trabalho comunitário em seu bairro ou cidade tais como: a limpeza de praças, pintura de árvores, pintura de um prédio público, etc., com a devida autorização do município, Ostentando faixas ou cartazes com a inscrição “Campanha Embelezando o ‘Brasil’ dos Jovens Adventistas”. No sábado seguinte, a equipe de jovens retornava ao mesmo local, com a equipe da Campanha da Amizade, da Voz da Profecia e oferecia aos moradores os cursos da Escola Radiopostal da Voz da Profecia.

“Conta Comigo”, RA, maio de 1973, 18-19; “Cristo, Conta Comigo Agora!”, RA, agosto d 1973. 1

1973

Em julho de 1973, a Revista Adventista, inaugurou uma nova Seção voltada para a juventude adventista intitulada: “Debate Jovem”, supervisionada pelos jovens editores Azenilto G. Brito, Ivo Santos Cardoso e pastor Rubens Lessa. A nova coluna visava discutir os desafios da juventude da IASD no Brasil e promover o diálogo com os jovens adventistas e com os seus líderes em todos os níveis da igreja. Em janeiro de 1976, após alguns meses de ausência uma nova Seção foi criada, denominada: “O MV Escreve”, com o objetivo de publicar contribuições interessantes dos jovens tais como crônicas, poesias, testemunhos, etc., reservando uma página para notícias dos MV.

1974

Hinário Vamos Cantar

O Departamento MV da USB, sob a liderança do pastor Rodolpho Gorski, empreendeu o projeto do hinário “Vamos Cantar”, que reuniu composições de músicos adventistas, sendo lançado no Congresso de Gramado em setembro de 1973. Posteriormente, em dezembro de 1977, no Congresso Estadual da Juventude Adventista de São Paulo, foi lançado o “Vamos Cantar Volume II”.

José Geraldo, “Está Chegando o Vamos Cantar Volume”, RA, outubro de 1977, 19-20.

1974

É comemorado no Brasil a Bodas de Prata dos Desbravadores

Bodas de Prata dos desbravadores”, RA, junho de 1974, 19

 

1974

O Departamento MV da UEB, sob a liderança do pastor Assad Bechara, promoveu no dia 2 de novembro de 1974, no Rio de Janeiro, o “Projeto Bálsamo”. Na madrugada desse dia, a juventude colocou em 65 mil túmulos um cartão com as seguintes palavras: “Em seus momentos de dor e saudade, o consolo divino esteja em seu coração” – Jovens Adventistas do 7º Dia.

Rubens S. Lessa, “Projeto Bálsamo”, RA, janeiro de 1975, 17-18;

1975

No ano de 1975, o Departamento de Comunicação da UEB, tendo o pastor Bechara como seu diretor, se valeu da juventude adventista para impulsionar o lançamento da recolta de 1975. Quatrocentos Outdoors trazendo a identificação dos Jovens Adventistas do 7º Dia foram colocados em pontos estratégicos do território da União, dos quais cento e oitenta na cidade do Rio de Janeiro, visando despertar o interesse na Assistência Social Adventista.

“Jovens Adventistas Lançam Recolta da União Este Brasileira”, RA, maio de 1975, 1

1976

 

No dia 9 de maio de 1976, o Departamento MV da UEB, sob a liderança do pastor Assad Bechara, promoveu em cerca de 700 igrejas da União, uma série de homenagens às mães, em comemoração ao Dia das Mães. Ao longo do dia, 35 mil mães receberam das mãos dos jovens adventistas, palmas e um cartão contendo as palavras: “Palmas pra você, mamãe!”. Em toda a União foram organizadas 2.500 equipes de jovens que percorreram ruas, praças públicas, lares e hospitais, prestando homenagem e cantando para as mães a pequena música: “Palmas pra você, mamãe!”. O evento foi precedido de propaganda na televisão durante a semana anterior.

“Palmas Pra Você, Mamãe!”, RA, maio de 1976, 20

1976

Por sua vez, o Departamento MV da USB, sob a direção do pastor Rodolpho Gorski, promoveu em 1976, o “Projeto Mães” que consistia na distribuição de um cartão postal com a figura de uma jovem mãe com a sua filha no colo, ambas olhando para o pôr do sol, trazendo a seguinte legenda: “Mamãe, você é o meu horizonte”, seguidas por palavras gratidão às mães e convite para programa em sua homenagem na igreja.

“Projeto Mães”, RA, maio de 1976, 18

1977

No dia 8 de maio de 1977, nova Campanha foi realizada com cartão com a felicitação: “Mamãe, Sempre Viva em Meu Coração!”, da qual nova composição feita por Alexandre Reichert Filho e Mário Jorge de Lima. As homenagens foram divulgadas no Rádio e Televisão, e um cupom para inscrição nos cursos da Voz da Profecia foi anexado ao cartão. Mais de 100 mil mães foram homenageadas e como resultado 1.250 novos alunos da Voz da Profecia.

“Mamãe, Sempre Viva em Meu Coração”, RA, julho de 1977

 

1977

 

“Koinonia”

O Departamento MV da Divisão Sul Americana, sob a nova direção do pastor Mário Veloso, lançou no Retiro Espiritual da juventude da USB, em abril de 1977, em Sumaré, São Paulo, o Plano “Koinonia”, para ser implementado por toda a juventude da América do Sul. A palavra “Koinonia” é o termo grego registrado em Atos 2:44 que significa “Comunhão”. O objetivo do plano foi o de desenvolver nos jovens duas coisas: Sua vida espiritual e sua participação no trabalho missionário. A Koinonia é o lugar apropriado para que esses dois objetivos sejam alcançados. A idéia foi extraída do livro Serviço Cristão, de Ellen G. White, que diz que os jovens devem se reunir em Pequenos Grupos para trabalhar. Antigamente o termo koinonia era usado como o ato das pessoas darem presentes, Koinonia era o tempo gasto para repartir os presentes, e essa idéia entrou na Igreja Cristã Primitiva, sendo Jesus, Esse presente. Dentro do programa MV, uma Koinonia significava um grupo de 4 a 12 jovens, ou seja, deveria ter no mínimo 4 pessoas e no máximo 12. Quando o grupo começava a aumentar deveria ser dividido em dois.

Líder MV Sul-Americano fala sobre Koinonia”, RA, julho de 1977

1978

Em maio de 1978, o Departamento MV da UEB, sob a nova liderança do pastor Amin Rodor, empreendeu as homenagens às mães sob o lema: “Mamãe, você é um amor perfeito”. Novamente cartão e música foram criados e 300 outdoors espalhados pelas principais cidades da União. Mais de 160 mil mães receberam a homenagem e milhares de inscrições nos cursos da Voz da Profecia foram efetivadas.

Amin A. Rodor, “Mamãe, Você é um Amor Perfeito”, RA, julho de 1978, 28-29

1978

 

A Mudança do Nome da Sociedade dos MV

Desta forma, por ocasião das reuniões do Concílio anual da Conferência Geral, no dia 17 de outubro de 1978, o Comitê da Associação Geral tomou os seguintes votos:

1) “Aprovar o título “Jovens Adventistas do Sétimo Dia” em substituição a “Missionários Voluntários” como nome oficial da organização da juventude na igreja local”;

2) “Reconhecer “Jovens Adventistas” como uma forma aceitável encurtada do nome oficial”.

Segundo a liderança mundial, a mudança foi feita para que a Sociedade de Jovens estivesse mais identificada com a igreja. Assim, após mais de setenta anos o nome “Missionários Voluntários” foi desvinculado da Sociedade dos Jovens Adventistas, sendo tal decisão, ao longo do tempo, objeto de veemente discordância de grande parte dos membros da IASD no Brasil, que passou a atribuir a crescente diminuição das atividades missionárias na Sociedade de Jovens da igreja local, à ausência dos elevados ideais tão bem representados pela sigla MV.

Youth Organization of The Local Church – Name”, Minutes of Meeting General Conference Committe, 17 de outubro de 1978, 78-307; “Adventist Youth Society”, Minutes of Meeting General

 

Conclui-se portanto, que através das décadas de 40 a 70, o ministério jovem oferecia aos membros da Sociedade dos MV, a oportunidade de participar de um variado leque de atividades que abrangia desde um simples contato missionário até à formação de líder de jovens. Segundo os relatórios, tanto do Departamento dos MV, nos diversos Campos do Brasil, quanto da Sociedade dos MV nas igrejas locais, esta lista de serviço incluía mais de 40 itens: Ano Bíblico, Devoção Matinal, Curso de Leitura, Liga de Estudo e Serviço, Classes Progressivas, Distribuição de Folhetos, Visitas Missionárias, Estudos Bíblicos, Pregação, Conferências Públicas, Recolta, Auxílio Cristão, Doação de Roupas, Doação de Alimentos, Tratamentos, Escola Sabatina Filial, Festa da Bíblia, Assembleias, Congressos, Acampamentos, Excursões, Homenagem às Mães, Canto, Reuniões Sociais, Piqueniques, Curso de Liderança, Concursos Bíblicos, Evangelismo nas Prisões, Contatos Missionários, Semana de Oração, Voz da Mocidade, Classe Bíblica, Campanha Anti-Tóxicos, Escola Rádio-Postal, Desbravadores, Programa de TV, Batismo da Primavera, Campais, Visitas a Hospitais, Dia dos Pais, Koinonias (Pequenos Grupos), Semana Santa, etc. Desta forma, a principal tarefa da Sociedade dos MV constituía-se em motivar, treinar e supervisionar os jovens no exercício destas enriquecedoras atividades. Por outro lado, seu maior desafio estava na manutenção das mesmas neste amplo rol de serviços ao longo do tempo, uma vez que a cada ano decresciam em número.

 

A ERA DA SOCIEDADE DOS JOVENS ADVENTISTAS (1978-1999)

As Mudanças na Sociedade dos Jovens Adventistas

 

A mudança do nome: “Missionários Voluntários” para “Jovens Adventistas” aparentemente não representou nenhuma alteração significativa nos rumos da Sociedade de Jovens no Brasil. Na verdade, tal mudança parecia necessária e inevitável uma vez que o Departamento dos Jovens Adventistas era comumente assim designado em grande medida tanto nos periódicos e imprensa denominacial, quanto na linguagem comum dos membros. Por outro lado, a Divisão Sul Americana e Associação Geral empreendiam algumas mudanças de nomes em alguns outros setores incluindo o Departamento dos Jovens. Por ocasião da Comissão Diretiva Plenária Anual da Divisão Sul Americana, realizada em Brasília, nos dias 21 a 27 de novembro de 1979, dentre as diversas comissões, foi criada a Comissão de Nomenclatura.

Posteriormente, durante as reuniões da 53º Assembleia da Associação Geral, celebrada em Dallas, Texas, EUA, em 1980, foram feitas algumas mudanças na estrutura da organização funcional da Associação Geral, sendo a mais importante, a fusão de departamentos e a simplificação de funções, visando uma maior agilidade, economia e eficiência.

Entretanto, com o passar dos anos muitos membros e líderes avaliavam que o antigo nome “Missionários Voluntários” identificava mais adequadamente os ideais e propósitos de Salvação e Serviço incorporados na Sociedade de Jovens Adventistas. Antes do final da década de 70, o Ministério Jovem no Brasil avançava com entusiasmo rompendo as barreiras do secularismo e os grandes desafios enfrentados pela juventude daquela época. Dentre as atividades do Departamento dos Jovens destacavam-se: os Congressos, Acampamentos, Semanas de Oração, Seminários, Koinonias, Projeto Bálsamo, Festivais de Música, Homenagem às Mães, Dia dos Pais, Visitas a Hospitais, Passeatas contra o Fumo, Álcool e Drogas, Batismo da Primavera, Clube de Desbravadores, etc.

Por outro lado, os tradicionais requisitos básicos da Sociedade dos MV, tais como: Ano Bíblico; Devoção Matinal; Curso de Leitura; Liga de Estudo e Serviço; Liga Disseminadora da Verdade; Estudos Bíblicos; etc., considerados essenciais desde os primórdios da obra dos jovens começavam a fenecer. De alguma forma, gradualmente as atividades dos jovens nas comunidades locais pareciam diminuir em detrimento dos eventos de caráter gerais organizados pelo Departamento. Além disso, tornava-se cada vez mais difícil realizar um acompanhamento adequado das diversas Sociedades de Jovens nas igrejas locais. Um fator agravante era a carência de Colégios Adventistas para suprir a demanda da cada vez numerosa juventude da igreja. Em outubro de 1979, o Dr. George P. Babcok, diretor associado do Departamento de Educação da AG, em seu relatório apontou dez itens para a Divisão Sul Americana, sendo o de mais destaque: a grande necessidade de mais Escolas de Ensino Médio, para oferecer a educação cristã aos nossos jovens. Em 1982, o quadro educacional adventista foi considerado “crítico”, pelo pastor Roberto Azevedo, diretor do Departamento de Educação da USB, que admoestou quanto aos efeitos destrutivos das escolas seculares a médio e longo prazo, levando mais de 80% dos jovens de 7 a 15 anos que não frequentam Escolas Adventistas, a apostasia.