I
Camporee de Desbravadores
Divisão
Sul Americana
“Da
Natureza ao Criador”
Ensaio
Para a Eternidade
Reunidos no I Campori
Sul-Americano, 3500 Desbravadores de 8 Países trocam experiências e
conhecimentos em notável clima de companheirismo, respeito e solidariedade.
Ao amanhecer, os 104 clubes entravam em formação para as solenidades cívicas e espirituais do dia.
Passavam-se
alguns minutos das 16 horas de quarta-feira, 28 de dezembro. Depois de longa
viagem aérea que o trouxera a Foz do Iguaçu, PR, o Pastor Léo Ranzolin, líder
mundial dos jovens adventistas, encontrava-se novamente no ar, desta vez a
bordo de um helicóptero de pequeno porte. Momentos antes de sobrevoar as
majestosas cataratas do rio Iguaçu, o piloto ao seu lado apontou para uma área
à esquerda, pontilhada por centenas de barracas. Um pouco mais à direita do
enorme acampamento, estendia-se um verdadeiro exército de desbravadores,
disposto em pequenos pelotões, devidamente perfilados.
Após
certificar-se da existência de uma área para pouso, o piloto desceu o aparelho
nas proximidades de um palanque, sobre o qual transcorriam as cerimônias de
abertura do I Campori da Divisão Sul-Americana. Ao emergir da cabine, o Pastor
Ranzolin foi cumprimentado pelos principais líderes de desbravadores da América
do Sul, e saudou em seguida os 3.500 desbravadores que, estupefatos, assistiam
à chegada de um de seus líderes mundiais.
O
clima naturalmente era de expectativa. Afinal, pela primeira vez desde a
fundação do primeiro clube sul-americano de desbravadores, no ano de 1955, em
Lima, capital peruana, juvenis dos oito países que compõem a DSA convergiam
para um mesmo local a fim de realizar seu primeiro campori continental.
Promovido pelas Uniões Austral, Chilena, Incaica, Este-Brasileira,
Sul-Brasileira e Norte-Brasileira, o evento visava proporcionar um intercâmbio
cultural, informativo, espiritual, social e técnico entre os desbravadores do
Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia, Peru e Equador, e ainda
fortalecer sua fé e confiança na Igreja, ao oferecer-lhes uma visão da
internacionalidade da religião que abraçaram.
Representantes de cada país participavam do hasteamento de bandeiras.
Os líderes das Uniões, DSA e Associação Geral: (da Esquerda para Direita) - Pastores Alejandro Bullón (Unieste), Arôvel Moura (Uninorte), Sérgio Celis (Chilena), Michael Stevenson (Diretor Mundial dos Desbravadores), Cláudio Belz (DSA), Léo Ranzolin (Líder Mundial dos J.A.), José Maria Barbosa (Unisul), Jorge Matias (Incaica), e Cláudio Martin (Austral)
Maturidade
e Determinação
Embora
já venham sendo realizados há algum tempo em outros continentes, os camporis a
nível de Divisão foram intensificados nos últimos cinco anos, como informou o
líder mundial dos desbravadores, Pastor Michael Stevenson, presente a este
Campori e bem impressionado com a maturidade dos clubes de desbravadores
sul-americanos.
Mas
além da maturidade organizacional e estrutural requerida para montar um evento
de tal porte, os juvenis deram uma verdadeira demonstração de coragem e
determinação antes de poder participar do Campori. Os representantes do
Equador, por exemplo, empreenderam uma estafante viagem de 10 dias para
atingirem Foz do Iguaçu. Para os que vieram da União Incaica, a participação no
Campori custou nada menos do que três salários mensais de seus pais. Os
esforços não foram menores para a delegação de Manaus, AM, que atravessou o
país de ônibus em exaustivos cinco dias de viagem.
Mas cansaço e
indisposição não transpareceram durante as atividades que se prolongaram de 28
de dezembro a 4 de janeiro últimos. Tampouco as instalações improvisadas, ou o
calor que insistentemente beirava os 40°C, perturbaram o andamento normal das
programações, embora os casos de desmaios fossem freqüentes e a equipe de oito
médicos e enfermeiros do hospital de campanha estivessem permanentemente
ocupados.
Ordem,
Meditação e Turismo
Desde
as 6h00 horas, quando o acampamento despertava ao toque do clarim, até às 22h30,
hora em que os acampantes se recolhiam às suas barracas, o dia era preenchido
por uma programação intensa que envolvia os participantes em atividades
espirituais, recreativas, cívicas e culturais.
Logo após cumprirem o
ritual de higiene matinal, os clubes reuniam seus integrantes para estudarem a
lição da Escola Sabatina. Seguia-se o desjejum, preparado pelos próprios
clubes, após o que todos os desbravadores, rigorosamente uniformizados,
participavam da solenidade de Formatura. Essa cerimônia, que se prolongava por
45 minutos, constava de hasteamento das bandeiras, revista aos clubes, troca de
oficiais e adjuntos, leitura da Meditação Matinal, uma breve mensagem pastoral,
e a apresentação do boletim do dia.
Os
60 minutos seguintes destinavam-se à limpeza e arrumação do acampamento,
enquanto alguns líderes inspecionavam as barracas e cozinhas de cada clube. Em
uma dessas inspeções, o Pastor Michael Stevenson explicou que a vistoria tinha
por finalidade verificar as condições de higiene e a organização nas cozinhas,
a quantidade de alimento disponível, a qualidade das instalações e se estavam
sendo devidamente utilizadas.
Diariamente, a qualidade da alimentação era aferida pelo Pastor Michael Stevenson - Líder Mundial dos Desbravadores
Mas
entre uma e outra entrevista com as cozinheiras, para saber qual seria o
cardápio do dia, o Pastor Stevenson também aferia a qualidade do ambiente. Em
determinado momento da inspeção, por exemplo, pediu a um ajudante de cozinha que
desligasse seu rádio que, sintonizado numa música um tanto estridente,
"estava causando poluição sonora".
O clube coreano de Assunção, Paraguai, improvisou a cozinha a partir de material silvestre.
O horário das 10 às 11
horas era cada dia preenchido por uma atividade diferente, geralmente constando
de relatórios e apresentações de atividades previamente desenvolvidas pelos
clubes, desde especialidades a trabalhos missionários.
As "torcidas" comparecem em peso aos eventos esportivos.
Lançamento do Ovos
À tarde, grupos de
aproximadamente 1.000 desbravadores participavam de atividades recreativas,
passeios turísticos ou competições esportivas. Todos os 104 clubes
participantes, enfim, puderam, no decorrer de quatro dias, competir nas
brincadeiras de lançamento de sapatos, relevo de água, corrida de jacaré,
flexão de tronco, fazer demonstrações de ordem unida, competir com outros clubes
nas corridas de 100 e 200 metros, e no lançamento de ovos. Houve ainda a
oportunidade de visitar as cataratas de Foz do Iguaçu e a Usina Hidrelétrica de
Itaipu, a maior do mundo.
Desbravadores Luzeiros do Vale nas Cataratas do Iguaçu
Por
ocasião da primeira visita à hidrelétrica, os desbravadores, acompanhados pelo
Pastor Léo Ranzolin, entregaram uma placa de agradecimento aos representantes
da Itaipu Binacional. Em seguida, o grupo foi conduzido através da usina por
Amority Prochmann, assessor de relações públicas da entidade, que prestou
informações sobre o funcionamento da usina, sua capacidade, etc. Ao final da
visita, que também constou de apresentação audiovisual, os desbravadores
fizeram uma demonstração de ordem unida, dedicando depois uma oração
em favor do empreendimento, perante o Sr. Prochmann.
Exibições
Folclóricas
Após o "Maná de
Daniel", como se convencionou chamar o jantar, as programações do dia
culminavam com apresentações especiais das Uniões.
Dirigidas pelos próprios departamentais, representantes de cada União exibiam
aspectos históricos e folclóricos de suas regiões de origem, assim como relatos
do surgimento e atuação dos desbravadores no seu país.
A
União Austral, integrada por argentinos, uruguaios e paraguaios, apresentou uma
mostra, por meio de slides e
dramatizações, da história dos desbravadores naquele Campo, e das
características de cada país representado — paisagens, trajes típicos e músicas
folclóricas.
Muito
aplaudidos, os representantes da União Sul iniciaram seu programa com um
desfile de roupas típicas características de todos os sete Estados do Campo.
Aproveitando a passagem do ano, o programa constou ainda de uma encenação
enfocando o próprio tema do Campori, "Da Natureza ao Criador", que
salientava o sentimento de gratidão a Deus pelas maravilhas concedidas no ano
que findara. Ao final, um enorme balão iluminado, com o formato do triângulo
dos desbravadores, subiu ao céu, compondo um espetáculo de impressionante
efeito visual, que chegou a ser transmitido em cadeia nacional pela Rede Globo
de Televisão.
Destacou-se
na apresentação da União Este-Brasileira, a exibição das tradicionais baianas,
e da luta capoeira, uma manifestação comum nas antigas senzalas dos escravos.
Jangadeiros do Ceará e caboclos do Amazonas foram os personagens principais
retratados pela União Norte-Brasileira. Um audiovisual forneceu também uma
visão das belezas daquela imensa região, e destacou a atuação dos desbravadores
no contexto social dos Estados nortistas.
Ao
som de instrumentos musicais andinos — zampona, charango e violão — os desbravadores da União Incaica
musicaram as tradições de seus povos, culturalmente divididos por três faixas
geográficas: litoral, serra e selva amazônica. Juvenis do Equador, Peru e
Bolívia desfilaram exibindo trajes típicos, desde a sumária tanga usada pelos
índios da Amazônia, ao pesado poncho, mais comum entre os indígenas dos
altiplanos andinos.
Com notável
criatividade, a pequena delegação chilena — apenas 80 integrantes — dramatizou
a Criação, valendo-se de efeitos especiais produzidos por fogos de artifício,
para depois retratar a trajetória do povo chileno até o Criador. Segundo a
dramatização, o percurso fora iniciado pelos indígenas, através da adoração a
seus deuses, passara pelas campanhas de catequização empreendidas pelos
conquistadores espanhóis, e culminara com a disseminação da mensagem do
advento.
Programa Noturno do Chile
Ao
final, enquanto num painel especial o retrato de Cristo era desenhado com fogo
ao lado da palavra "Vem", juvenis agitando bandeiras dos países
representados no Campori, desciam da plataforma e misturavam-se com a plateia,
enquanto entoavam uma canção que conclamava à unidade dos povos sul-americanos.
Não contendo suas emoções, a ala dos desbravadores brasileiros respondia com a
ovação: "Chile! Chile! Chile!"
Todos
os programas das Uniões eram seguidos por 15 minutos de mensagem pastoral,
encerrando as atividades do dia.
Pausa Espiritual
Culto Divino com Pastor Léo Ranzolin
As
programações diárias foram, naturalmente, distintas na sexta-feira à tarde e no
sábado. Após o culto de pôr-do-sol, os acampantes ouviram uma pregação do
Pastor Stevenson, que esclarecia sobre o significado do arrependimento cristão,
e a consequente garantia do perdão divino.
Noventa e dois juvenis participaram do Batismo das Nações.
A
noite de fim de ano teve início com ênfase espiritual, ditada pela pregação do
Pastor Israel Leito, departamental J.A. da Divisão Interamericana, um dos
convidados de honra. Em seguida o clima de descontraiu, para dar lugar à
festinha de ano novo, consistindo de uma brincadeira entre dois clubes.
Divulgação
A julgar pelos comentários
que se ouvia nas ruas, loja e ônibus da cidade de Foz do Iguaçu, durante o
período de oito dias em que se realizou o Campori, o evento não passou
despercebido de seus habitantes e até das levas de turistas que nessa época
invadem a cidade. Ônibus especiais transportando desbravadores e exibindo a
insígnia J.A., desfilavam constantemente por suas ruas, e boa parte dos eventos
esportivos tiveram lugar nas dependências do 34º Batalhão de Infantaria,
localizado bem no centro da cidade.
Couro de Jiboia abre o Desfile da Delegação de Manaus
Apoiadas por
suas fanfarras, todas as delegações exibiram o que de melhor haviam aprendido
sobre ordem unida, perante um palanque especialmente montado para a ocasião, de
onde eram presenciados por seus lideres mundiais e por diversas autoridades da
cidade, destacando-se o prefeito Clóvis Cunha Viana e o Ten. Cel. Menescal,
comandante do 34° Batalhão.
Especialmente convidada, a pequena delegação de Porto Rico exibiu notável sincronia e disciplina em suas marchas.
Impressionado com o padrão de ordem
unida e disciplina apresentado pelos clubes, notadamente pela delegação
especialmente convidada de Porto Rico — ilha antilhana — e a de Manguinhos, no
Rio de Janeiro, o Ten. Cel. Menescal afirmou estar maravilhado com o espetáculo
de civismo, amor à Pátria e a Deus que acabara de assistir. Com efeito, sua
simpatia pelos desbravadores se traduziria também por seu apoio aos
coordenadores do Campori, cedendo as instalações militares sob seu comando,
para a realização de vários eventos.
O desfile produziu ainda um notável
efeito promocional em favor do clube de desbravadores local e, por tabela, para
a própria igreja. Logo após o término da solenidade, mais de 20 pais procuraram
saber como poderiam inscrever seus filhos no clube local.
Entusiasmado com
a imagem positiva dos adventistas que o Campori projetou na cidade, o distrital
de Foz do Iguaçu, Pastor Aerce Marsola, estará dirigindo uma série de
conferências evangelísticas, tão logo a construção do novo e amplo templo seja
concluída. E os desbravadores serão estrategicamente utilizados para proceder à
distribuição dos convites.
A idéia de
aproveitar o potencial dos desbravadores na tarefa de evangelização ganhou
vulto durante o Campori. Se depender do líder de desbravadores e jovens para ã
Divisão Sul-Americana, Pastor Cláudio Chagas Belz, serão formados este ano, 105
novos evangelistas-mirins, que se valerão do programa "A Voz
Juvenil", para divulgar a mensagem entre o público adolescente.
Paulo Denis - Clube de Desbravadores Luzeiros do Vale
Pregador Mirim
Uma demonstração
do que são capazes os desbravadores já foi dada durante o próprio evento. No
último dia de atividades, cada clube teve de simular uma conferência
evangelística, como parte da avaliação a que foi submetido durante o Campori.
Diferenças
Nesse mesmo dia, os departamentais da
Associação Geral, DSA, e os convidados da Divisão Interamericana foram
conduzidos pelo Pastor Cláudio Martin, diretor dos desbravadores na União
Austral, através do "arraial" de sua delegação. Durante a visita,
ficou patente o desenvolvimento considerável na arte de acampar, atingido pelos
desbravadores daquela União. Torre de observação, ducha para banho, cercas,
tudo improvisado com materiais extraídos da mata adjacente ao acampamento,
foram alguns dos utensílios que impressionaram os visitantes, por sua criatividade.
Mas, se a arte
de improvisação não alcançava esse nível de desenvolvimento entre as fileiras
brasileiras, estas — e a União Sul em particular — se destacavam pela perícia
que exibiam nas demonstrações de ordem unida, assim como na padronização
impecável de seus uniformes.
A constatação de
tais diferenças, na realidade, foi uma das lições extraídas pelas lideranças,
que agora dispõem de algum referencial para conduzir os clubes de seus Campos à
uniformização de enfoques preconizada pela Divisão Sul-Americana.
Demonstrando-se
otimista com a possibilidade de surgir um novo equilíbrio entre os clubes
sul-americanos, o Pastor Cláudio Belz apela aos líderes que não participaram do
evento, para que se sintonize com a nova filosofia que está sendo implantada,
por intermédio daqueles que puderam presenciar o Campori.
Programas do I Campori da
Divisão Sul Americana
Material de Giovanni Batista Beschi
Perspectivas no
Continente
A busca de uniformidade foi uma
preocupação comum a todos os líderes das Uniões. "À União Incaica faltava
um padrão de comparação, que agora passamos a ter", esclareceu o líder de
desbravadores do Campo, Pastor Jorge de S. Matias. "Até agora, a ênfase
das atividades tem se dado na área espiritual, através da manutenção de
conferências evangelísticas e classes batismais, seguindo-se logo depois o
desenvolvimento de especialidades", prosseguiu o Pastor Matias. O líder
revelou ainda que devido à receptividade das autoridades peruanas com relação
às atividades dos desbravadores, a delegação peruana estava representando seu
país oficialmente no Campori, por força de um decreto ministerial. Assim, na
qualidade de diplomatas, os desbravadores foram isentos de pagar a taxa
obrigatória para sair do país.
Separados dos demais clubes por longas
distâncias, os integrantes da União Norte-Brasileira tiveram uma verdadeira aula
de relações humanas, segundo definiu seu líder, Pastor Arôvel Moura. Fortes no
trabalho missionário e prestação de atendimento à comunidade — como ficou
patente durante os momentos críticos da seca que tem afligido o Nordeste — os
desbravadores nortistas compareceram ao Campori "compondo uma caravana de
142 integrantes. E voltaram para seus Estados com uma nova noção das
possibilidades que poderão desenvolver em seus clubes, e dos materiais que
faltam para equipá-los devidamente.
Maior importância à padronização dos
uniformes e ao desenvolvimento da ordem unida foram os principais valores
aprendidos pelos 31 clubes que compunham a delegação da União Austral. Mas,
além disso, "percebemos um espírito de confraternização, despojado de
preconceitos, por parte dos desbravadores brasileiros", atesta o Pastor
Cláudio Martin. "Voltamos para nossos países com um profundo sentimento de
gratidão pelas amostras de gentileza e amor cristão."
Para o Pastor
Sérgio Celis, líder dos desbravadores na União Chilena, o encontro constituiu
uma evidência de que os clubes são uma força poderosa na América do Sul.
"Nossos desbravadores voltam renovados, cheios de entusiasmo depois desta
experiência de companheirismo e unidade", garante. Seu entusiasmo
transparece também em seus projetos, que preveem para este ano um aumento de
quase 100% sobre os atuais 1.100 desbravadores chilenos. E para 1985, programa
a realização do primeiro campori que irá reunir os clubes de todo país.
"O Campori foi um acontecimento
histórico", resume o Pastor Alejandro Bullón, diretor dos desbravadores na
União Este-Brasileira. "Há cinco anos, não passava do âmbito dos sonhos.
Hoje é uma realidade. Por ai percebe-se o tremendo desenvolvimento dos
desbravadores nestes últimos anos." Sem ter conseguido ainda montar um
campori em nível de toda a União, o Pastor Bullón vê nesse evento uma de suas
principais metas. Através da realização de cursos de liderança, ele pretende
estruturar os clubes para que possam promover um campori em cada Campo da
Unieste, ainda este ano. E para 1985, então, espera reunir todos os Campos num
evento conjunto.
Comprometido com
a responsabilidade de montar o Campori em seu território, o Pastor José Maria
Barbosa, diretor dos desbravadores na União Sul-Brasileira, sentia-se aliviado
pelo fato de o encontro ter transcorrido em clima de normalidade. Mas entre
suas preocupações com o andamento do programa, o Pastor José Maria pôde
perceber que o Campori serviu como uma "grande escola" para os seus
desbravadores. "Aprendemos que precisamos nos aperfeiçoar na arte de
acampar", explica. Dirigindo o contingente mais expressivo de
desbravadores em toda a América do Sul — com cerca de 140 clubes organizados —
o líder da USB tem por metas a criação de um clube por igreja do Campo, e a
realização do seu terceiro Campori, já para o próximo ano.
Esta foi uma
experiência que jamais os Desbravadores que estiveram no I Campori da Divisão
Sul Americana irão esquecer. Eles puderam aprender que fazem parte de uma
grande família Mundial e que eles formam parte de uma Igreja Mundial.
Clube de Desbravadores Luzeiros do Vale
Jacareí - SP
Crachá de Participação de Giovanni Batista Beschi
Sem dúvida alguma uma recordação e uma lembrança que jamais esquecerei. Um dos maiores camporis que participei em toda minha vida de Desbravador.
Giovanni Batista Beschi
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