sexta-feira, 23 de outubro de 2020

IV Campori da União Este Brasileira

 

IV Campori da UEB

União Este Brasileira

"Derrubando Muralhas"

 

Campori da Solidariedade

Projetos comunitários inéditos e festa espiritual mobilizam 12 mil desbravadores na UEB




Segundo uma pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a infância (Unicef) com 5.280 adolescentes brasileiros, divulgada no início de agosto, 28% acreditam que o Brasil está se tornando um lugar melhor para viver. Outros 27% acham que está ficando pior, enquanto para 26% tudo continua na mesma. Em Vila Velha, crianças e adolescentes, reunidos de 16 a 21 de julho de 2002, passaram das opiniões aos fatos, ajudando efetivamente a melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas. A solidariedade foi expressada através de trabalhos voluntários no Bairro Terra Vermelha, durante o quarto Campori de Desbravadores da União Este Brasileira (UEB). Localizado na periferia da cidade, o bairro abriga 80 mil pessoas. Na maior parte das ruas não há asfalto nem saneamento básico e só havia um posto de atendimento médico para toda a população. 





O segundo foi inaugurado no dia 19 de julho. Trata-se do Centro Adventista de Desenvolvimento Comunitário (Cadec), construído em apenas dois meses, com a mão-de-obra de centenas de desbravadores. Desde o alicerce, clubes locais participaram de um mutirão junto com 13 pedreiros, sendo que na última semana receberam o reforço de outros clubes presentes ao campori. O novo prédio é composto de dois pavimentos, num total de 300 metros quadrados de área construída. No primeiro piso funcionam três consultórios, sala de reuniões, cozinha e banheiros. Na parte superior foi preparado um salão para receber 220 pessoas, que deverá ser usado como igreja. O trabalho foi coordenado pelo irmão Moisés Carvalho O Cadec teve um custo aproximado de 100 mil reais e foi construído em um terreno da Associação Espírito Santense (AES), com recursos provenientes da prefeitura, de doações de membros, da UEB e da própria AES. Próximo ao prédio, os desbravadores deixaram outro marco: uma praça com parquinho infantil, quadra de esportes e até vestiário, construída em duas semanas. Na parte central figura um monumento com o símbolo do Clube e a placa que intitula o espaço público como “Praça do Desbravador”, a única em todo o mundo. Além dos dois projetos de caráter permanente, outras ações também ajudaram a aliviar pelo menos momentaneamente as mazelas da comunidade. Durante três dias, cinco clínicas odontológicas móveis, coordenadas pelo dentista e pastor Paulo Falcão Bezerra, atenderam a 3.655 pessoas, realizando aplicação de flúor, restauração, limpeza, extração e prestando orientações sobre higiene bucal. Os desbravadores ainda arrecadaram 21,4 toneladas de alimento e 12.600 agasalhos, que foram entregues aos líderes comunitários. Também plantaram mil mudas de árvore, pintaram 50 casas e distribuíram milhares de folhetos. Outro projeto de destaque foi a coleta de 800 bolsas de sangue, totalizando 200 litros. A iniciativa, coordenada por Eduardo Moreira, líder do grupo de doadores de Guarapari, bateu o recorde de coleta do Banco Estadual de Sangue. A marca anterior, de 100 litros, já pertencia aos desbravadores. “Iniciativas como essa valorizam a vida”, observa a médica Ângela Puppim. Antes do início das atividades sociais, cerca de 2 mil desbravadores da Associação Rio de Janeiro desfilaram pelo centro de Vila Velha, marcando sua presença na cidade. “Tivemos como proposta principal realizar projetos comunitários e missionários”, afirmou o Pastor Artur Marski, líder de Desbravadores do UEB e coordenador geral do programa. “A resposta dos desbravadores foi ‘demais’”, vibrou, ao contabilizar os resultados alcançados.


Presença recorde –
Segundo os registros oficiais, o campori entra para a história como o maior em número de participantes, realizado por uma União. Foram 12 mil desbravadores reunidos em um quartel general montado em uma área com 8 mil metros quadrados às margens da Rodovia do Sol, a 35 quilômetros de Vitória. A infraestrutura contou com 360 cozinhas e 2.700 banheiros. O consumo diário de água foi previsto em 830 mil litros diários. O suficiente para que cada acampante tomasse um banho diário de um minuto. Ali, a programação espiritual e recreativa foi intensa. Tinha início diariamente às 6h com o desjejum, seguido de um culto dividido por Associações. Após as competições entre clubes, projetos comunitários, inspeções e procedimentos de rotina, o dia terminava com todos os acampantes reunidos na arena principal, em momentos de adoração e louvor. Como convidados especiais estiveram presentes o Pastor Henry Bergh, criador do hino e da bandeira do desbravador, junto com a esposa, Mirian, e o casal Arnold e Dixie Plata, mantenedores do maior acervo sobre desbravadores no mundo. Na primeira noite, a mensagem principal foi apresentada pelo Pastor Wandyr Mendes, presidente da UEB, que desafiou os desbravadores a se preparar para o “campori celestial”. Nas noites seguintes, com exceção da terceira, quando a chuva dispersou os acampantes, as mensagens foram apresentadas pelo Pastor Neumoel Stina, antecedidas do louvor do quarteto Arautos do Rei. O Pastor Stina enfocou o tema central “Derrubando Muralhas”. No sábado pela manhã, quando o sol brilhou forte para secar roupas e barracas molhadas, a pregação do Pastor José Maria, da Divisão Sul-Americana, aqueceu também o coração dos desbravadores ao chamá-los à responsabilidade com Cristo.



No sábado à tarde teve lugar um dos momentos mais esperados do acampamento: a investidura. Foram investidos 75 novos líderes. Em líder master foram investidos mais 63. Entre eles, os pastores da Associação Mineira Sul (ver box). E na mais alta categoria – líder master avançado – 15 experientes desbravadores foram investidos.



Parceiros indispensáveis – Para o Pastor José Elias Zanotelli, líder da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) na UEB, que acompanhou a realização dos projetos junto com o Pastor Ronald Kunh, líder sulamericano da entidade, os Desbravadores são “parceiros indispensáveis”. Ele ainda destaca que “ao envolver os adolescentes em projetos sociais cria-se neles a mentalidade de servir ao próximo, que deverá acompanhá-los durante a vida”. Além da Adra, a missão evangelística da Igreja também sai fortalecida, acredita o Pastor Maurício Lima, presidente da AES. “Vamos continuar imediatamente após o campori um programa de evangelismo nessa região’’, informa. Na opinião do Pastor Wandyr Mendes, “há pastores que estão entendendo que investir no Clube tem sido uma boa estratégia para a conquista de novos membros”. De acordo com ele, “alguns alcançam mais da metade do alvo de batismos dando atenção especial aos desbravadores”.



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