sábado, 17 de agosto de 2019

V Campori da Divisão Sul Americana


V Campori da Divisão Sul Americana


“A Melhor Aventura”


Barretos - São Paulo - Brasil

Alpha: 08 a 13 de Janeiro de 2019

Ômega: 15 a 20 de Janeiro de 2019

Diretor Geral: Pastor Udolcy Zukowski






Aventura Inesquecível


Com duas edições e 100 mil participantes o 5º Campori Sul Americano entra para a História da Igreja e reforça o Ministério que mais engaja adolescentes
Em questão de minutos milhares de acampantes estavam lotando a arena do Parque do Peão, em Barretos – SP, a 370 km de São Paulo. 


Bandeiras de Clubes tremulavam entre a multidão sob o céu limpo de uma noite quente de verão. Logo depois, os desbravadores de oito países Sul Americanos, com seus uniformes de gala, recitavam, seus ideais e cantaram juntos a respeito de sua esperança.

Cinco anos depois mais uma vez o Parque do Peão seria palco de um mega acampamento da Igreja. Para o campori de 2019, porém, a ousadia foi maior: realizar duas edições, que totalizaram cerca de 100 mil participantes entre Desbravadores e equipe de apoio.

O acampamento foi realizado em duas etapas, chamado Alpha (08 a 13 de Janeiro de 2019) e Ômega (15 a 20 de Janeiro de 2019), reunindo assim 65 mil pessoas a mais que em 2014. A decisão inédita se justifica pelo crescimento significativo desse ministério : o número de Desbravadores dobrou no último quinquênio.




E para as duas noites memoráveis de abertura do evento, não faltaram emoção, alta tecnologia audiovisual, fogos de artifícios, louvor contagiante, batismos e o senso de que Deus estava conduzindo o programa e havia protegido os acampantes até ali. 

Na abertura da primeira edição, dia 08 de Janeiro, autoridades marcaram presença, como foi o caso do Governador de São Paulo João Dória Junior que saudou a multidão e elogiou a iniciativa; enquanto que o Presidente da Republica do Brasil Jair Bolsonaro, enviou uma carta de Boas Vindas, que foi lida para todos os Desbravadores e Conquistadores Brasileiros e Hispanos.




A Melhor Aventura

Participar de um Clube e estar num campori é sempre uma aventura para os Desbravadores. Mas isso é potencializado quando se trata de um campori Sul Americano. “Creio que ficou bem claro na mente deles que a melhor aventura é ser desbravador, o que significa entregar a Jesus ainda que os pais não apoiem ou eles enfrentem adversidades. Ficou claro para eles também que a melhor aventura é ser um Missionário. Eles ouviram História de Missionários enviados pela Igreja para fundar Clubes de Desbravadores, no Egito, Iraque, Mongólia. Espero que seja isso que eles desejem, viver as melhores aventuras com Jesus”, resumiu o Pastor Udolcy Zukowski, líder do Ministério de Desbravadores e Aventureiros para a América do Sul.




Todo o evento foi pensado para que os adolescentes tomassem decisões importantes. A cada devocional noturno, dezenas de adolescentes eram batizados. No total 819 Desbravadores desceram às águas no campori.


As mensagens Bíblicas foram dirigidas pelos líderes do Ministério Jovem e de Desbravadores de algumas Uniões Brasileiras e pelos convidados  Pastores Gary Blanchard e Andrés Peralta representantes da Sede Mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Pastor Andrés Peralta - Líder Mundial dos Desbravadores
Além desses Pastores outros também participaram trazendo muitas instruções divinas aos Adolescentes




O Campori teve a presença de muitos cantores da Igreja Adventista que estiveram para abrilhantar o evento e cantar junto com os 100 mil Desbravadores, louvores a Deus. 

Arautos do Rei

Daniel Ludtke

Patricia Romania


Bauzinho


Boneco Pedrito

Outra atração foi o boneco Pedrito que fez muita alegria e interação com os Desbravadores da Divisão Sul Americana. 

Depoimentos 

A Chilena Isadora Uvalentina de 15 anos saiu de Concepción no Sul do Chile, decidida a ser batizada no evento, “Estou no clube há cinco anos e ele me ajudou muito, pois quando era criança não ia com regularidade à Igreja porque me entediava facilmente. Se eu não tivesse ingressado no clube, talvez nunca tivesse voltado a frequentar a Igreja”, enfatizou.

Sua irmã gêmea, Constanza Paulettela também não esquecerá do que vivenciou no campori. “O que me chamou a atenção foi que embora todos fossemos de países diferentes, estávamos unidos, uns ajudando os outros. Além disso, conheci pessoas que me tem colocado nas mãos de Deus e tem sido abençoadas por causa dessa decisão”, enfatizou.

Teve também quem aproveitou o campori para desenvolver novos hábitos: “Eu não acostumava a ler a Bíblia, mas ali eu fui incentivado a ler e fiz isso a noite, quando meus colegas estavam dormindo. Ouvindo as pregações me deu vontade de ser Pastor” contou Éliton Júnior de 12 anos, que mora em Maringá – PR.


O nível de vibração e engajamento que esses adolescentes demonstram pelos símbolos e ideais do clube tem chamado a atenção e merece ser estudado. “O Clube de Desbravadores é uma das ferramentas mais eficientes que temos para apaixonar os garotos por Deus, pela Igreja e pela liderança”, avaliou o Pastor Erton Köhler, Líder dos Adventistas Sul Americanos, e que já dirigiu esse Ministério em vários níveis administrativos da denominação e hoje é o Presidente da Divisão Sul Americana.



Ele acredita que a nomeação de líderes para cuidarem exclusivamente do Ministério dos Desbravadores e Aventureiros nas Associações e Uniões da Igreja seja uma tendência positiva, que deve reforçar o pastoreio das novas gerações. “O Clube pode ajudar a preservar nossa Igreja, mantendo-a viva e no foco , quando nós não mais estivermos aqui”, Segundo Erton, o Clube de Desbravadores pode ser visto como uma “extensão” da rede educacional adventista, servindo como uma frente evangelística mais acessível onde é difícil estabelecer escolas da igreja.

Cuidado com a Criação

. E se a formação das novas gerações é uma das grandes contribuições do Clube de Desbravadores, o ensino de valores importantes como a fé em Deus  e a responsabilidade para com a sua criação não poderia faltar no campori. Dois espaços colaboraram para isso durante o campori. Quem passou pelo Creation Place observou 26 representantes de dinossauros e 42 fósseis completos e fragmentados entre réplicas e peças reais. Escavações de fósseis na areia é uma viagem pelos dias da criação do mundo também foram atrações desse estande.


Na área de cuidado com o meio ambiente o Espaço Campori Sustentável cumpriu um papel importante idealizado pelo Núcleo de Tecnologia, Engenharia e Arquitetura do Unasp. Os Desbravadores que passaram por ali aprenderam sobre energia limpa. Foi possível carregar os celulares em “arvores” fotovoltaicas, gerar energia por indução magnética pedalando em bicicletas e descobrir que a  força da gravidade, também pode acender lâmpadas. Na chamada Agência Banco Global por sua vez, eles receberam informações sobre reciclagem do lixo e trocaram itens recicláveis por “camporitos”, a moeda do evento.

Selo e Museu

Se já não bastassem as surpresas e fortes emoções que os Desbravadores experimentaram ao longo de cinco dias de acampamentos , algumas iniciativas procuraram tornar esse megaevento algo histórico. Por exemplo, em pareceria com os Correios, foram lançadas duas séries com oito selos comemorativos, uma delas em referência ao 5º Campori Sul Americano e outro em relação aos 60 anos do primeiro Clube no Brasil. A iniciativa junto à estatal foi dos irmãos e empresários Samuel de Paula e Priscila Silvana de Paula. Já foram impressos 18 mil selos comemorativos.

Outra dupla empreendedora e apaixonada pelos Desbravadores são os amigos Carlos Araujo e Nelson Pires. Carlos é Administrador e Nelson Empresário e ambos vivem em Curitiba – PR. Em 2014 depois de terem participado do 4º Campori Sul Americano , eles decidiram montar um acervo com objetos que estavam colecionando sobre a História dos Desbravadores. Hoje eles tem 50 mil itens, mais de 7,5 mil trunfos de eventos e expuseram 80% dessa coleção em Barretos. Carlos e Dimas pretendem lançar um site do acervo no segundo semestre deste ano e inauguram em 2020 um Sede própria do Museu na região Sul do Brasil.

Comunicação e Serviço

Mesmo recebendo público recorde nem todos os Desbravadores Sul americanos puderam estar no interior Paulista. Por isso um time de cem comunicadores e técnicos trabalhou na cobertura do evento, o que incluiu registrar muitas coisas por meios de vídeos, fotografias e reportagens (camporidsa.org). As transmissões ao vivo e as entrevistas realizadas num estúdio montado próximo à arena aproximaram internautas dos acampantes. A participação de Youtubers Adventistas no Evento e a produção de uma websérie específica para o campori (disponível em Feliz7Play,com), também potencializaram a interação nas mídias sociais.

Contudo o campori não foi apenas um local para receber mas também para doar. Por isso 240 ônibus deixaram o acampamento diariamente,  para levarem milhares de adolescentes que distribuíram ao todo 100 mil livros Missionários Esperança para a Família em Barretos. Eles também ajudaram na realização de seis Feiras de Saúde Comunitárias, que atenderam 900 pessoas. Essas ações sociais da garotada deram suporte para que Séries Evangelísticas fossem realizadas simultaneamente ao evento, em parceria com a Associação Paulista Oeste. Esse esforço conjunto resultou no batismo de 79 pessoas.





O Tamanho do Campori Sul-Americano
Os números do maior acampamento Adventista já realizado na América do Sul

Você pode imaginar a complexidade que é montar uma cidade de lona, madeira, alvenaria e aço que, ao longo de duas semanas, deve abrigar 100 mil pessoas? Além de quatro anos de planejamento e preparação, a organização do 5º Campori Sul Americano dedicou quatro meses para a montagem do acampamento e um para a desmontagem  e deixar tudo limpo o Parque do Peão. em Barretos – SP.

Um evento dessa proporção apresenta grandes desafios de transporte e logística, fornecimento de água, conservação de alimentos, geração de energia e segurança. O consumo e o descarte também são preocupações. E, nesses aspectos, os Desbravadores fizeram a lição de casa: o lixo reciclável  foi destinado para uma empresa especializada e os gastos diários de água por pessoas ficou abaixo da média nacional que é de 200 litros.

Durante os dias oito a vinte de Janeiro de dois mil e dezenove, 3300 Clubes de Desbravadores de 19 países compartilharam uma experiência inesquecível de fé, união e serviço. Veja alguns números dessa grande aventura.









Revista Adventista
Repórter Mateus Teixeira / Fernanda Beatriz

Conheça a mulher que participou dos cinco Camporis Sul-Americanos


Sem nunca ter sido desbravadora, Maria Lúcia de Souza fundou um clube, em 1980, que atualmente tem 120 desbravadores.

Aos 88 anos, Maria Lúcia de Souza comanda 120 desbravadores com apenas um assovio. É assim desde 1980, quando ela fundou o Clube Luzeiros do Vale, em Jacareí, no interior de São Paulo. “Às vezes, quando estou andando pela rua, ouço o assovio e já sei que tem algum desbravador ou ex-desbravador por perto querendo chamar minha atenção”, brinca. Sem nunca ter sido desbravadora, Maria Lúcia aceitou o desafio de fundar o primeiro clube da cidade. Participou de cursos na capital paulista e recebeu orientações de pessoas experientes na área. Assim nasceu o Luzeiros do Vale, em 30 de agosto de 1980, com 40 integrantes.
Contar a história de Maria Lúcia é voltar no tempo e visitar os cinco Camporis Sul-Americanos. Seu clube participou de todas as edições e já deixou sua marca logo no primeiro, realizado no fim de 1983 e início de 1984, em Foz do Iguaçu. Era o único que contava com barracas padronizadas, que se tornou referência para a região.
“Quando começamos a acampar, não conhecia um lugar para comprar barracas, então mandei uma empresa fabricar. Os outros clubes costumavam usar plástico preto ou lonas de exército, enquanto que o nosso acampamento era sempre bonito. Acho que isso serviu de estímulo”, recorda Maria Lúcia.
Uma das melhorias que ela destaca que foram implantadas desde o evento internacional de 1983 foi a inclusão de um hortifrúti. “A gente sempre precisava trazer tudo, mas hoje não trazemos mais verduras. Compramos aqui”, sublinha.
A amizade que resiste a cinco Camporis

Se era difícil para os clubes brasileiros trazerem toda a alimentação nos primeiros Camporis, a situação era ainda mais complicada para os participantes de outros países. “Não havia estas cozinhas que existem hoje para comprarmos as refeições. Então, éramos adotados por clubes brasileiros”, lembra a peruana Dorothy Noemi.
No I Campori Sul-Americano, o clube dela foi convidado a fazer as refeições com o Luzeiros do Vale, e assim nasceu a amizade entre ela, Júlio Alberto e Jonas Mota. “Em todo Campori a gente encontrava o clube dela e convidava para comer com a gente. Essa amizade dura até hoje e vai durar até a eternidade”, afirma Mota.
Após o evento, ele hospedará a família de Dorothy em sua casa, em Jacareí. “Eles vão passar uns 20 dias. Desde o terceiro acampamento fazemos isso. É uma alegria”, comenta Mota.
Além do assovio, Maria Lúcia mantém outros hábitos da época em que o clube foi fundado, principalmente relacionados à organização. “Ainda hoje ela pede para colocar o sapato no canto da barraca, arrumar a cama e por a Bíblia em cima e ter pontualidade em tudo”, assegura Jonas Mota, que participa do Luzeiros do Vale desde a fundação.
Porém, ela avalia a que as gerações atuais exigem um tratamento diferente. “A cada década as coisas mudam, então temos que fazer um jogo de cintura”, adverte. “Os primeiros desbravadores do clube, que hoje têm os filhos comigo, comentam que eu estou muito ‘mole’. Mas é que agora a coisa é diferente”, afirma.

Apesar de a mudança de gerações impor tratamentos diferentes, Maria Lúcia garante que é preciso conservar a essência. “Você tem que primeiro amar o desbravador e demonstrar esse amor. Assim ele se cativa por você, assim ele vai obedecer. Não é por força, é por amor”, aconselha.

Revista Adventista
Páginas da Igreja Adventista do Sétimo Dia
Fotos Internet
Giovanni Batista Beschi (Alguns Textos)





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