IV Campori de
Desbravadores UCB
"Heróis de Hoje"
Campori da UCB, com 10
mil desbravadores, mostra por que eles se tornaram heróis para a Igreja
O Campus 2 do Unasp, localizado em Engenheiro Coelho, SP, abrigou nos dias 4 a 9 de julho um batalhão de 10 mil desbravadores durante o quarto Campori da União Central Brasileira (UCB), sob o lema “Heróis de hoje”. Em volta dos prédios foram montadas cerca de 3 mil barracas, abrangendo uma área de 120 mil metros quadrados. Foram necessários 250 ônibus e 120 carretas para transportar os acampantes e toda a bagagem. Só no que diz respeito à alimentação, estimasse que os desbravadores consumiram 95 toneladas de alimento, durante seis dias. Além disso, foram usados 117 km de bambu para montar os portais dos 235 clubes presentes.
Para
coordenar todo o agrupamento de pessoas, que duplicou a população de Engenheiro
Coelho, os Pastores Udolcy Zukowski e Paulo Bravo, líderes da UCB e
coordenadores gerais, tiveram o auxílio de 500 colaboradores. A equipe de apoio
do Clube Planalto, de Brasília, foi a primeira a chegar. Dez dias antes já
estavam lá para montar as barracas e organizar o acampamento. revenidos, chegaram
a oferecer alimentação a outras equipes de apoio que não haviam levado comida
suficiente.
Programa
intenso – Após a abertura, realizada na quinta feira à noite, uma intensa
programação envolveu os participantes. Gincanas, projetos comunitários, cultos,
batismos e celebração de louvor deram a tônica do campori. Todos os dias, com
exceção do sábado, cerca de 50 ônibus saíram para realizar serviços em favor da
comunidade. Oito cidades da região foram atendidas. Em Limeira, a maior delas,
os desbravadores realizaram pintura e reforma em duas escolas públicas e um
centro comunitário. Também recuperaram monumentos, plantaram árvores e deram aulas
de artesanato e atividades físicas para crianças e adolescentes.
“Estou
muito feliz em receber esses jovens”, declarou o prefeito, José Carlos Pejon.
“Esses serviços vão refletir diretamente na qualidade de vida da nossa
população.” Na sexta-feira à noite, dia 5, foi realizada uma das cerimônias mais
solenes do campori: a investidura de 480 desbravadores, desde a categoria
inicial, quando o membro do clube ganha o lenço, até as mais adiantadas como
líder, líder avançado e líder master. Na mensagem daquela noite, o Pastor
Fernando Iglesias, orador oficial, enfocou a história de Daniel e seus amigos,
que não se corromperam mesmo sob as tentações da corte babilônica. Ele
aconselhou os juvenis e adolescentes a seguirem o mesmo exemplo e se tornarem
heróis da atualidade. Pela primeira vez, a programação foi transmitida ao vivo,
24 horas, pelo site da UCB, que registrou 70 mil acessos.
Pastores Udolcy Zukowski (a esquerda) e Paulo Bravo (a direita) acompanhados dos pioneiros Miriam e Henry Bergh e Arnold e Dixie Plata
Memória
– Em meio a tantas atividades, os “heróis de hoje” não se
esqueceram dos heróis do passado, que deram o suporte inicial para o
desenvolvimento dos desbravadores. Os pioneiros foram condecorados com uma
medalha de mérito e receberam um troféu. Entre eles estava o Pastor Henry
Bergh, acompanhado da esposa, Miriam. Em 1949, Bergh compôs a música e a letra
do hino dos desbravadores e desenhou a bandeira do Clube. Pela primeira vez ele
ouviu sua única composição, em toda a vida, ser cantada em português. Já havia
tido a alegria de ouvi-la sendo cantada por gregos, chineses, coreanos, japoneses,
italianos e alemães, em suas respectivas línguas. Entre os brasileiros
homenageados estava o Pastor Cláudio Belz, um dos fundadores do Clube, no
Brasil. Ele revela que nos anos 50, ao lançar a idéia em algumas igrejas,
encontrou forte resistência por parte de membros e líderes. “Tivemos que fazer
um grande trabalho de conscientização, mostrando os benefícios que o clube
traria para a igreja”, conta. “Alguns pensavam que se tratava de uma idéia
nacionalista, mas quando viam que era um programa da Associação Geral,
retiravam a resistência.” O Pastor Belz trabalhou com desbravadores durante 29
anos. Foi líder na União Sul Brasileira e na DSA, onde realizou o primeiro
campori sul americano, em Foz do Iguaçu, em 1984.
Resistência e vitória – Segundo o Pastor Arnold Plata, que junto com a esposa Dixie mantém o Museu do Desbravador, não foi apenas no Brasil que o Clube enfrentou resistência. Ele conta que os primeiros clubes, surgidos em 1927 e início dos anos 30, esbarraram no conservadorismo da época. Os mais antigos achavam que não era o tipo de recreação indicada para os jovens. “Foi determinado pela igreja que os clubes que continuassem a se reunir seriam excluídos”, afirma o Pastor Arnold. Durante cerca de uma década as atividades cessaram. Até que em 1946 a idéia foi retomada, com o surgimento de um clube no Sul da Califórnia, nos Estados Unidos. O movimento cresceu e em 1950 os desbravadores foram adotados pela Associação Geral. No mundo são cerca de um milhão, hoje. Mais de 100 mil só no Brasil. Tornaram-se definitivamente heróis para a Igreja e agentes do bem para a comunidade. Na opinião do líder pioneiro Rodolpho Gorski, “os heróis de hoje são esses que estão em atividades simples, porém contagiantes, tornando-se úteis a eles mesmos, à Igreja e à sociedade”.
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